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Cristo Redentor

IV COPA DE POESIA
BRASIL, OUTUBRO 2022

DIAS 9, 16, 23 DE OUTUBRO E 06/NOV
YOUTUBE CRONOPOLIS.ORG
Ampar Carvalho

AMPARO CARVALHO

AMPARO CARVALHO.jpg

Amparo Carvalho é professora, poetisa, amante da arte do imaginário (Literatura), é envolvida com projetos de leitura e participação em algumas coletâneas a saber: Trilogia "Entre Gerações" - Contos, Poemas e Crônicas. Piauí Poético. Experimentos Poéticos. Sarau Brasil 2018. Jornal Correio literário SESC. Piagui - edição de quarentena/ Vol. I, II entre outros.

 

Instagram: @amparo.kom

1 - DESEJOS

Nessa lânguida face

Veja a luz dos olhos meus

 

Despertas desejos

Repara!

Deita-te

E rola

sobre este corpo febril

 

Acorda e beija

Essa boca encarnada

Entre risos

Prazeres

E falsas promessas

 

Veja meu lado torto

Me deixa brincar

Com teu corpo

Te mostrar o profano

O gozo perfeito

Como se fosse uma gota

Na imensidão do oceano.

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2 - SOLIDÃO

Sou rio ... Corredeira

Frieza e medo

Absorvo solidão

Solidão da água

Do vento

 

Do desejo momentâneo

Quando te ofereço meu corpo

Usas para teu gozo e lamúrias

Depois foges da carcaça

Que te serviu

 

Sou assombro!

Voluções e lamentações

Noite escura... Perfida

Tudo escorre fugaz

 

Vejo a solidão cruzar o Rio

O Rio segue seu curso... Corredeiras

Absorvo!

Não a tua, mas a minha solidão.

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3 - DESILUSÕES

Ah! Esse tempo errado

Criado por ti

Esconde tua

Face oculta

Poesia

Em fundo falso

Impasses

Cruzam destinos

Ilude!

E se perde

Digo-te não te perca

Nas desilusões

E quando te perderes

Joga-as no abismo

É não desperdice as flores.

Poesia3
Poesia4

4 - IRRETRATÁVEL

Desfila para o espelho

Imagem opaca

Sem luz

Esconde uma beleza irretratável

Corpo sem forma

Olhos negros

Graúdos

Fixados em seu foco imagético

Pensa...

Minha vida

Concreta

Neste corpo

Estranho

Esquelético.

5 - MULHERES

Somos mulheres

Vítimas

De crenças

De pessoas alienadas

De preconceitos enraizados

 

Somos mulheres

Algumas feridas

Outras mortas

Por serem guerreiras

Esse é o delito

 

Somos mulheres

As vezes violentadas

Algumas angustiadas

Todas lindas e oblíquas

... Mas mortas

E nesse entremeio mortal

Não se pensa

Discriminam as vítimas

Vítimas de um sistema irreal

 

Somos mulheres

Calamos gemidos

Para resistir

Em corpos corrompidos

Cobertos de "ais"

E sem resiliência para sobreviver.

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