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Cristo Redentor

IV COPA DE POESIA
BRASIL, OUTUBRO 2022

DIAS 9, 16, 23 DE OUTUBRO E 06/NOV
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Gescelio

GESCÉLIO COUTINHO

Gescélio Coutinho.jpg

Nascido em Quixeramobim no Ceará, Professor especialista em História e Geografia, toca violão e canta, serviu por muitos anos na igreja, no momento se encaixa como Poeta: Escreve poesias, poemas e cordéis. Tem poemas publicados em Antologias como: Poesia Brasileira de 2021, Antologia Poética Toma Aí Um Poema, Cordéis lançados pela editora Aluá Cordéis, atualmente está com o poema a Resiliência no Sertão na Antologia Poética 1001 Poetas e concorre a diversos concursos no ano de 2022. Atualmente produz poemas com temas diversos temas.

 

Instagram:  @gesceliopoeta

1 - VIDA SEVERINA​​​

De muitas vidas Severinas

E de vagar pelo Sertão

Será que mudas essa sina

Ou só sucumbi o cidadão.

 

Por meio então deste poema

Podemos ver o sofrimento

De um povo pobre de dar pena

Fez ‘’João Cabral” o seu lamento.

 

Um retirante nordestino

Se deslocou internamente

Buscou mudar o seu destino

E restejou como serpente.

 

E deparou-se com amargura

De um povo pobre ou castigado

Não sei se a culpa é a seca dura

Ou se o Homem é o culpado.

 

Jamais castigos tão medonhos

Se tinha visto em um lugar

Pois se ficar, fico tristonho

O melhor mesmo é regressar.

 

Foi submetendo-se aos fazendeiros

Agropecuarístas afamados

Sofria então por um emprego

No qual jamais foi aclamado.

 

Pôde encontrar na caminhada

Morte e Cidades vazias

Dá desespero em não ver água

Até o rosário sumiria.

 

Mar que é difícil de alcançar

Pois o que se tinha era tristeza

Lidar com mortos pra lucrar

Se quis botar o pão na mesa.

 

Explicou Zé também Severino

Ao retirante uma luz

Que nasceria um menino

E pôs-se a fé em Jesus.

 

A vida tá lá na frente

Só resta a nois conhecer

Que se formos todos resistentes

Um dia o Nortista vai vencer.

Poesia1

2 - A INVEJA QUE CONSOME​​​

Eu busco compreender

Qual o sentido da inveja

Por que as pessoas sentem

E dizem que mata e aleja

Não dá para a gente ver

Se ela mora em você

Como será o jeito dela?

Me dá logo um arrepio

Um sentimento tão frio

A cobiça anda com ela.

 

Como é que ela cresce?

Se ela só tenta diminuir

Não acrescenta na vida

Nem permite prosseguir

Te dá parabéns de mentira

Por dentro está cheia ira

Está por fora do coração

É grande amiga da derrota

Com nada ela se importa

Destruir é a sua missão.

 

Eu ainda não entendi

A forma como ela se instala

Na cabeça das pessoas

De todo mundo ela fala

É preciso ser bem forte

Para não ter a triste sorte

E ser pego de surpresa

Em ter alguém ao seu lado

Com dois olhos arregalados

Desejando sua riqueza.

 

Então fui bisbilhotando

Para entender como se dá

Vi mesquinhesa e maldade

Gente pronta para fofocar

Seres de um coração duro

Que vivem no mundo obscuro

Sem ter nenhuma compaixão

Dando rasteira no nada

Adora a vida humilhada

Para qualquer cidadão.

 

Já que vencer é difícil

É necessário aprender

Lidar com tanta intriga

Que tramam contra você

Busque escolher os seus

Entregue nas mãos de Deus

Lute com fé e resistência

Esqueçam os invejosos

Pois eles vivem chorosos

Pra sujar a tua essência.

Poesia2

3 - ALMA RENOVADA​​​​

Depois da minha partida

Percebi como era a vida

As coisas não valorizadas

Que por mim, foram esquecidas.

 

Senti o cheiro do abraço

Vi a verdade, onde acreditei ser mentira

Não agradeci pelo prato

Da comida bem cozida.

 

Não andei de braços dados

Com a vergonha intrigante

Nem brinquei com meus pais e filhos

Por ser mais que ignorante.

 

Desde o começo perdi

Pelo tal chamado orgulho

Incomodei-me com meu vizinho

Pensando que o conviver faz barulho.

 

Deixei de viver

Pensando em juntar dinheiro

Não desfrutei meus parentes

Eu nunca fui companheiro.

 

Vivia como um sultão

No meu castelo isolado

Rodeado de donzelas e fartura

Sem nunca compartilhar um bocado.

 

Portanto, vivamos para sempre

Amando a todos iguais

Por que quando vamos embora

O tempo não volta jamais.

 

Ame sem Medidas!

Poesia3
Poesia4

4 - O SALDO DE UMA GUERRA​​

A guerra divide a paz

O homem faz seu cercado

Fronteiras são corrompidas

O ódio tem aumentado.

 

Na guerra vemos a dor

As vidas perdem o sentido

Muita ganância se espalha

Do amor não se escuta o estampido.

 

O som da destruição

Os obriga a regressar

Deixando todo o conquistado

Pra talvez nunca mais encontrar.

 

Em meio aos cacos sobrados

Vai ficando suor e história

E os “grandes” ficam como reis

Mais nunca encontrarão a glória.

 

Por serem seres egoístas

Que respiram a pura opressão

Não sabem o que é amor próprio

Parecem não ter coração.

 

E quando tudo isso passar

Veremos ou não o final

Que restem vidas sensatas

E que Deus perdoe todo o mal.

5 - PÁSSARO SERTANEJO​​​

Passarinho, sei que sabes cantar;

Plana no ar livre,

Pousa nas árvores,

Enfeitiça com o canto,

Com suas asas coloridas,

Soa lindo aos olhares,

Adormeces com melodia.

 

Teu bico afiado,

Tua penugem remete o algodão,

E por ela aquece os amores,

Dos filhos são protetores;

Pássaro sertanejo,

Exorciza sobre as tristezas!

 

Solta no ar o amor do teu canto,

Traz a distância de vários lugares

Onde havia várias espécies,

Sob o zelo do teu companheiro,

Que se mostra quando se arrepia

Que te convence com a paixão

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