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Cristo Redentor

IV COPA DE POESIA
BRASIL, OUTUBRO 2022

DIAS 9, 16, 23 DE OUTUBRO E 06/NOV
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Rick

RICK SOARES

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Carlos Henrique Soares Barboza (Rick Soares), nasceu em 1988 em Recife/PE onde reside até hoje. Começou a escrita literária de maneira despretensiosa, mas com o tempo lhe tomou a alma. Lançou o seu primeiro livro no ano de 2022, "Só Ares Poéticos - ao vento", pela editora Valleti Books e teve participação nas antologias: "Quando a voz cala, a poesia fala", "Taverna Poética - Entre o vinho Byroniano e o Ultrarromantismo Moderno", "Conto por Conto - Sentimento Maternal" e "Deixe-me Transbordar".

 

Instagram: @rick.so.ares

1 - EPIFANIA (em parceria com Fábio Aiolfi)​​​

É desconhecido, incabível, inodoro…

E tão imenso qual o ar que em mim carrego.

Tento descrever e chega a ser contraditório.

Do que estou falando?

Tudo isso que segrego.

 

Vem de mim, como pontes em acaloro!

E sobressaio num bater de asas ocultas,

Respeitantes, vívidas no sorriso e no choro.

Do que estou falando?

De minhas forças insepultas.

 

E me expresso, ao decifrar o que anelo,

Quando enxergo, neste reflexo o que senti.

Embora queira reverter tudo ao belo.

Do que estou falando?

Eu já percebo o prisma em mim.

 

De minhas constantes variações em mesmo elo.

Sobrevivo buscando por uma resposta acabada,

Como se tudo dentro de mim fosse puro duelo.

Do que estou falando?

Toda a poesia suscitada.

Poesia1

2 - SONETO DA MATERNIDADE​​​

Nada é eterno, senão o amor de mãe

que por seu filho a tudo resiste.

Nada é tão puro quanto ele também.

Tão forte e singelo, tal qual não existe.

 

De todo o amor que uma mãe possui

não lhe convém que se guarde a metade,

pois, mais que o dobro do peito lhe flui.

N’amor de mãe não se vê vaidade.

 

Quando em estrada se põe o seu filho,

em seu seio, em silêncio, a dor brada.

Em seus olhos mantém o seu brilho.

 

Nada é eterno, salvo o de mãe, amiúdo!

Para alguns, os cansados, amor é tudo.

Para uma mãe, ainda, não é nada!

Poesia2

3 - QUE SEJA ETERNO​​​​

Que seja eterno o sentimento

De que a cada momento

Renova-se a esperança.

Que seja eterno o momento

De que, tido a esperança

Fortaleça-se o sentimento.

 

Que seja eterna a esperança

De que a cada sentimento

Viva-se o momento.

Intensamente.

Que seja eterna a certeza

De que a cada instante

Renova-se o amor.

 

Que seja eterno o instante

Em que no amor

Viva-se com certeza.

Que seja eterno o amor

Que com certeza

Não cessou nenhum instante.

Poesia3
Poesia4

4 - EU NÃO QUERO SER POETA​​

Na verdade, eu nunca quis.

Sou apenas sensível demais,

Emocional demais,

Amante demais,

Mas eu não sou poeta!

 

Escrevo sobre mim um pouco,

Expresso ideias,

ressalto sentimentos, utilizo hipérboles…

E com eufemismo me defino:

 

Eu não sou poeta!

 

Eu imagino muito e acabo vendo o que os outros não conseguem enxergar.

Eu invado sentimentos alheios, sem que me tenham dado autoridade para tal.

Ou talvez tenham!

 

Eu não quero ser poeta!

 

O poeta é um imã de sonhos e fantasias!

E aquele que tem sonhos e fantasias é atraído e pensa que foi conduzido por ele, quando, na verdade, o permitiu participar dos seus sonhos e fantasias.

 

Eu não quero ser poeta!

Eu não sou poeta.

Poeta aonde vai é flecha

E é alvo.

5 - LIVRE​​​

Senti-me sozinho no deserto.

Rodeado apenas por areia,

sem roupas, sem coisa alguma em mãos. 

"Eu não sou agora o mais livre dos homens?",

gritei para o vazio, sem resposta.

Estava sozinho no deserto,

e morri sozinho no deserto.

 

Vi-me sozinho em meu castelo.

Cercado por tudo o que fosse capaz de alcançar.

"Não sou eu agora o mais livre dos homens?",

gritei para minhas conquistas, ecoando a minha fortuna.

E fiquei sozinho no meu castelo,

eu morri sozinho no meu castelo.

 

Estava sozinho em mim mesmo.

Cercado por coisas que minha mente

e minhas imaginações criaram.

Os sonhos, a arte, as invenções.

"Eu sou o mais livre dos homens.",

eu disse a mim mesmo.

Eu estava sozinho em mim mesmo,

e permaneci. Livre!

Poesia5

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