Poderosos poetas e poetisas, palavras que marcam, que emocionam, que não se calam... e nos fazem sorrir! Hoje temos mais um novo colunista: Marcelo Girad. Ele está participando da I COPA DE POESIA DE PORTUGAL. Não deixem de prestigiá-lo nesse domingo no canal do Youtube da TV Cronópolis.
Leia, Reflita, Comente!
Luiz Primati
SÓ
por Paulo Brito
IG: @paulodebrito
Acho que eu comecei a criar, expectativas com às vezes em que ele se faz presente;
O problema é que uma hora ele é intenso demais e outra hora raso demais;
E se eu nunca for amada?
Nunca encontrar ou sentir esse amor, esse desejo de ter alguém e sempre estar perto dessa pessoa.
E se ninguém nunca sentir isso por mim?
E se eu for ficar sozinha pelo resto da minha vida?
Mas, se por um acaso do destino, alguém se apaixonar por mim, pensar na minha felicidade, na minha companhia, me desejar, será que eu vou me permitir?
Será que vou estragar isso, como todo o resto da minha vida?
Amar sem ser amada… me machucou demais...
Amar você foi como: amar por dois, sozinha.
É difícil aceitar que você não me ama,
pois, você foi o amor mais avassalador que eu tive, por mais que eu carregaria sem problemas o fardo de amar por dois,
No fim, isso acabaria comigo.
Às vezes não importa o quanto ame alguém, se ele não pode te amar do mesmo jeito, é como estar mais solitário do que viver só.
DOU-TE
por Gaspar
A nudez de meu coração
Latejante e palpitante de amor
Que adormece e amanhece
Pertencendo-te e amando-te.
Dou-te o aconchego de meus sussurros
Que mergulham no mar de teus olhos.
Sou tua...
Em meu corpo tenho tuas digitais
Com a tua arte sonora e delicada
Quando nos entrelaçamos
Plenamente amantes.
Dou-te
Meu amado
As minhas melhores sensações
O sabor de minhas levezas em brisa
Quando nos abraçamos
Em um só ritmo amoroso.
Para ti
Dou-te meus céus de amores
E a minha floração de amor infinito
Em você, encontro
O maior espetáculo do mundo
O encanto de amar-te
Em todas as horas
Minutos e segundos.
– NÃO VOU AO MEU ENTERRO –
por Marcelo Girard
Para evitar o cheiro das flores
O choro do meu inimigo
O encontro de meus dois amores
As roupas apertadas
Parede de madeira envernizada
O sono silencioso dos sonhos
A maquiagem fora de moda
Rabecão correndo sem cuidado
Pertences pelo coveiro roubados
Eu virar santo
Qualquer um da autópsia
Desnudar o manto
Um padre desconhecido
A missa comprada
Uma reza obrigada
E em vida me lembrar
Que não fui nada.
AZUL DO CÉU, TERAPIA DA PAIXÃO
por Sidnei Capella
IG: @capsidnei
Amor, como é bom te amar!
No seu colo deitar
Sentir o frescor da brisa do mar.
Apreciando o pôr do sol.
Devanear no azul do céu…
Escutando a linda canção
Que fala de amor!
Tocando nossos corações apaixonados
Somos dois corpos entrelaçados
Delirando em nossos anseios…
De apreciar a beleza da natureza.
Vagar em pensamentos, no final da tarde.
Até o cair da noite.
Deixando nossos desejos
Aflorar nossos sentidos…
Percorrer pela madrugada…
Em nossos toques, sem bloqueios.
Vivendo uma louca paixão.
Na cama, ao seu lado estarei.
E no nascer do sol
Somos eu, você e uma flor sobre o lençol.
POETA QUE HÁ EM MIM
por José Juca
O poeta que há em mim!
Um poeta em busca de identidade…
Que escreve a emoção,
Que luta com a razão,
O poeta que há em mim!
Um estudioso a cavalgar…
Galopa entre versos livres e brancos…
Sonhando com soneto de versos regulares…
O poeta que há em mim!
Vive atrás da isometria de seu verso…
Vive atrás da poesia de seus poemas, para seus leitores,
Vive atrás da metáfora original…
O poeta que há em mim!
Sofre com rebusco de seu poema,
Sonha com o simples autêntico,
Sonha com a linguagem coloquial…
O poeta que há em mim!
Quer partir dos dísticos, chegar às décimas,
Quer partir de estrofes simples, chegar as compostas ou livres
Quer partir de estrofes brincantes, a estrofes reluzentes…
O poeta que há em mim!
Não quer só rimas!
Quer rimar das alternadas as opostas,
Quer rimar das emparelhadas as internas…
O poeta que há em mim!
Quer ritmo no seu poema,
Sonoridade e musicalidade,
Escolher palavras que bailam no papel…
O poeta que há em mim!
Quer escrever poemas líricos,
Quer escrever poemas épicos,
Quer escrever poemas narrativos…
O poeta que há em mim!
O poeta que quer brincar com palavras,
Com o tema, linguagem, discurso, eu-poético e organização,
Com versos, estrofes, rimas e métricas,
Estruturas internas e externas da natureza do poema…
O poeta que há em mim!
Quer escrever sonetos, trovas e haicais,
Também balada, rondó…
Rondó dobrado, rondó simples…
O poeta que há em mim!
Quer se divertir! Com figuras de linguagem!
Divertir-se com recursos de estilo…
Onomatopeia, Ironia, Antítese…
O poeta que há em mim!
Quer escrever cantigas de amigo,
Quer escrever cantigas de escárnio,
Quer escrever o amor,
Mas também, temas de contestação…
O poeta que há em mim!
Só quer filosofar…
Só quer ideologizar…
Só quer democratizar…
O poeta que há em mim!
Só quer se divertir em versos…
Só quer se divertir em prosas poéticas…
O poeta que há em mim!
Só quer prover poesia às pessoas.
Só quer descobrir sua própria identidade poética!!!
ANDARILHO
por Rick Soares
IG: @rick.so.ares
Vaguei por lugares ermos, lugares íntimos e antes intocados.
Fiz-me andarilho por vielas e becos escuros à procura de uma sombra que se tornara meu próprio ser.
Fiz-me um andarilho cujo objetivo ia além do andarilhar.
Era uma busca pelo próprio ser, tomado pela própria sombra.
Fiz-me um andarilho sem sair do lugar.
E ainda não me encontrei.
Mas não vou parar.
ÂNSIA DE AMAR
por Lucélia Santos
O amor em toda sua ânsia
A intrepidez de um abraço Onde não sobra espaço
E se entregam com constância
E assim, encontram asas os amores
Com um laço mais forte que antes
Que traduz teu iluminado semblante
E no universo ver mais cores
Erguendo os olhos para ver
A linda Lua que está lá fora
Que chega e não se demora
Faz o romantismo nascer
Palavras doces se elabora
Para um coração impressionar
E acelerado chega a pensar
Em te amar aqui e agora.
LA LLORONA Y EL SILBÓN
por Breidy Lara Abreu
IG: @breidylaraabreu
La llorona y El Silbón se fueron de Venezuela por la insoportable situación que hasta a los “espantos” aleja consiguieron la cola en un camión donde al ganado, al matadero llevan el chófer les dio un aventón muy cercano hasta la frontera. Los vieron llegando a Ecuador amaneciendo, como a las dos y media vestidos con harapos los dos él, con un morral viejo de tela alpargata que no le cubría el talón y una deshilachada franela ella, con un desteñido y sucio camisón
y unas descosidas Chancletas. Dijo con gran pesar el Silbón en Venezuela la cosa esta fea el apocalipsis disfrazado llegó de hambre, injusticia, muerte y miseria y en la Patria de Simón, se expandió como una terrible pandemia coctel de letal combinación
peor que la Malaria, Sida y la Erisipela.
Continuó diciendo el Silbón lo que le ocurrió a Venezuela es que la corrupción carcomió y desunió a conciencia, a familias enteras la llorona con la cabeza asintió ya no hablaba, ni sollozaba siquiera caminando detrás de él continuó por la desolada y extensa carretera. Esa plaga sin compasión, destruyó al paraíso terrenal, que Venezuela fuera la ambición desmedida consiguió una maestra perversa en su escuela amordazó, ensordeció y secuestró a la justicia, que ya de hecho, era ciega confiar tan solo en la justicia de Dios es lo único que nos queda. Aunque hasta la llorona y el Viejo Silbón se hayan ido huyendo de Venezuela con el estudio, el trabajo y la unión sé que podemos recuperar nuestra Tierra al prepararse y ser cada día mejor el Creador premiara nuestra siembra estoy seguro que es la única solución aunque muchos quizá no lo crean.
Amigos, hoy les hago entrega de un poema escrito, como una reflexión, sobre el éxodo de venezolanos hacia otras latitudes, motivado a la Crisis que se vive en Nuestro país. No quiero ahondar en explicar sobre un tema que ya es del conocimiento del mundo entero, solo quise parodiar sobre una situación por demás delicada y complicada., ya que no es fácil irse de su país, dejando atrás, familia, amigos y sueños. En honor a todos ellos y para ustedes:
El Silbón es un espectro del folklore de Venezuela,cuya leyenda es originaria la región de Guanarito, estado Portuguesa;sin embargo, también es muy conocida y difundida en Colombia como el Silbador. Según la tradición oral, es el alma en pena de un joven que asesinó a su padre.
La Llorona es un espectro del folclore hispanoamericano que, según la tradición oral, es el alma en pena de una mujer que ahogó a sus hijos, y que luego, arrepentida y maldecida, los busca por las noches por ríos, pueblos y ciudades, asustando con su sobrecogedor llanto a quienes la ven u oyen en la noche.
PASSOS INCERTOS
por Regina Prado
Vislumbro, atônita, em silêncio
O ir e vir despreocupado
Ao mesmo tempo, transloucado
Da turba a caminhar muitos sem destino
Largados, sem mínimo cuidado...
Sabem por acaso
Onde levam seus passos?
Ou caminham por caminhar,
De acordo com o coração em compassos?
Para onde te levam?
Onde querem chegar?
Nada importa, parece
Nem ao menos um mínimo contato
Apenas preocupam em se levar.
ÔHHH DE CASA
por Ayadittrich
IG: @dittrich.edc
Ei, dá licença...
Estou a procura de mim!
Acaso vistes-me a perambular...
Pelas bandas daí?
A dias que, olho e..., não me vejo.
Até me pus a monologar:
— Espelho, espelho meu...
Porém, o côncavo, do convexo, emudeceu...
Peço…(posso?!?) :
— Se, acaso, vires-me a mim
Favor, solicitai que, a cá, me volte.
Pois, minha améncia necessita desta completude...
Há p(é)nicos nas cabeças
Como borras nós chapéus
Que será dos nós sem amarras?!?
Que será de mim sem meus eus?!?
SINGULARIDADES
por Miguela Rabelo
IG: @miguelarabelo
Entender que podemos
Nem sempre
Estar em movimento...
É essencial.
Cada um
Possui um ritmo,
Metas,
Projetos,
Prazos...
E outros
não se programaram
Para tudo isso...
E também
Está tudo bem.
Planos são importantes,
Nos dão meta e foco
E nos fazem caminhar
E quem sabe um dia...
Voar.
Porém, se cobrar
Ou se frustrar...
Nem sempre
É o melhor caminho.
Se a flecha
Não atingir o alvo,
Apenas continue vivendo...
A vida é uma coleção
De momentos
E tentativas...
Se abster
É deixar de viver
E simplesmente
Sobreviver...
Por isso,
Respire fundo,
E apenas
Tente outra vez...
TUA BOCA
por Lina Veira
IG: @linaveira
Boca que leva pra ti minha boca
Arrastando todo meu corpo para o teu
Em tua boca deixo minha vida
E escuto o cantar do rouxinol
Boca que desperta meu desejo
Excita-me como beijo
Estremece-me de paixão
Em tua boca saro minha vontade
Em teus lábios escrevo minha intenção
RECOMEÇO
por Simone Gonçalves
IG: @apoetizar_se
Recomeçar
vida plena na alegria
de descobrir o sentido
do amor que acabara de chegar
despertando -se para o novo
na vontade de sair dançando
na chuva que cai no fim da tarde
na despedida do verão
solta... plena
vibrando na energia que vem
de encontro com sua vontade
de se entregar a esse novo amor
abraçando seus sonhos
que logo se realizarão
no momento em que num olhar
contemplar a beleza da paixão
refletido no desejo de se viver
a vida toda uma grande
história de amor
NOSSOS COLUNISTAS
Da esquerda para a direita: Sidnei Capella, José Juca e Paulo Brito. Depois Stella Gaspar, Breidy Lara Abreu e Lucélia Santos. Depois Rick Soares, Miguela Rabelo, Ayadittrich. Por último, Lina Veira, Regina Prado, Marcelo Girard e Simone Gonçaves.
Como fico feliz de encontrar aqui o Marcelo Girard! parabéns aos poetas! Está lindo este beco!
Parabéns, a todos Poetas e Poetisas do Caderno Beco dos Poetas.
Seja bem vindo Marcelo Girard.
Obrigado! Valleti Books, Luiz Primati e Alessandra Valle.
Sem vcs nada disso existiria.
Gratidão!
Esse caderno está ficando cada vez mais recheado de amor com tantos poetas românticos. Marcelo, seja bem-vindo ao nosso caderno.
Não destacar nenhum poema, pois todos merecem estar aqui.
Vi tanto amor nestes poemas, vi tanta vibração nutrida por plenas inspirações. Eu amei ler o teu amoroso e romântico poema Sidnei. Juca quanta luz no teu modo de poetar. Obrigada por vocês , hoje decorarem com suas perfeitas poesias esse Beco dos Poetas, que me deixa na terra dos sonhos possíveis! Lina, Paulo Brito, Breidy Lara Abreu e Lucélia Santos, Rick Soares, Miguela Rabelo, Ayadittrich, Lina Veira, Regina Prado, Marcelo Girard e Simone Gonçaves.✨😍💐