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Foto do escritorLuiz Primati

BECO DOS POETAS Nº 42 — 08/02/2024

Atualizado: 14 de fev.

Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


Luiz Primati

Imagem criado com IAMidjourney
 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.

 

QUANDO TE VI


Luiz Primati & Simone Gonçalves


Quando te avistei pela primeira vez, meu coração se acelerou em descompasso, minha voz se embargou e meus olhos cintilaram como estrelas no céu a piscar.


Ah, me deixaste em transe por segundos, fazendo meu corpo estremecer na entrega de uma dança que só você conhecia o ritmo.


Desviaste o olhar como quem teme o flagrante do pecado, e naquele instante, pressenti uma paixão ardente a nos envolver.


Mas como evitar teu doce e atraente olhar? Naquele momento já sabia que uma atração nos impulsionava à entrega.


Aproximei-me e professei palavras tolas, sedento pelo som de tua voz, e tu, sem jeito, apenas sorriste: com teus olhos, teus lábios e teu coração.


Você conseguiu despertar em meu coração algo que jamais senti antes, apenas com a doçura da sua voz e no leve toque de sua mão sobre meu rosto...


Na oportunidade de nos conhecermos, convidei-te a desvendar os segredos de nossa

essência, e ali passamos horas mergulhados em risos, em devaneios, consumindo-nos com olhares inebriantes.


Caminhávamos naquela praia e parecia que à cada passo estávamos predestinados à ir de encontro ao cais da paixão.


Quase ao findar da noite, ousadamente, roubei um beijo, terno e suave. Retribuíste, mas não por completo, e teus olhos desviaram-se, buscando refúgio no solo. Foi então que, com olhos tristes e orvalhados, confessaste que teu coração já tinha dono e partiste, deixando-me com a alma em frangalhos.


Em segundos senti meu coração se quebrando, num dissabor que fazia minha alma estremecer numa profunda tristeza.


Parece que nossas almas deveriam ter-se entrelaçado, porém, não nesse momento fugaz. Eu te aguardarei, na eternidade, com pesar, contemplando o vazio da tua ausência.


Viverei meus dias na esperança de em algum momento te reencontrar e novamente sentir toda a emoção do que é ser amada por você.



 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


Lucélia Santos, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e mini contos infantis.
 

VIDA ROUBADA


Sou poeta! Não encontrei a felicidade nem a tristeza

Sou aquela atormentada por noites insones

Quando o sono e a paz de espírito somem

E não vejo em mim tanta beleza

A caneta desliza enquanto escrevo com amor

Muitas vezes a desmoronar

Sem ao menos um fio de esperança enxergar

E com o peito rasgando-se de dor

Nas entrelinhas as palavras suspiram

Rastros de um crime quase perfeito

A poesia roubou minha vida em segredo

Em minha direção as rimas atiram

Como um baú que guarda um tesouro

Fui trancada e mexo apenas com as mãos

Desenho pérolas de sentimentos e redenção

Cada linha escrita é valiosa como ouro.


 

AUTOR JOSÉ JUCKA SOULZ


José Jucka Soulz, professor, ator, psicopedagogo, analista de sistema, ambos por formação acadêmica… Desde pequeno imbuído nas artes, com o desenho. Como profissional, agente administrativo no Ministério da Agricultura, técnico em edificações na Companhia Energética de Brasília. Assim segue, vendedor de tudo na infância (“triste realidade”), almoxarife, gerente lojista… Em seguida, veio o teatro, com poucas temporadas, lecionou artes na escola pública do DF, estando até hoje, trabalhando com informática, afastado de sala de aula… Embora escreva desde criança, com textos engavetados… Se reconhece poeta em um concurso para novos poetas, em 2019, classificado e publicado em uma determinada editora. Hoje providencia seu primeiro livro.

 

INSPIRAÇÃO


Do universo, um fragmento, um nada!

Inspiratio, inspirare, termo latino…

Mais preciso, “soprar em”

“é inspirada” é theopneustos, é grego…

Theos (“Deus”) e pneu (“fôlego”, “sopro”) + tos

Se de um sopro ou de Deus

Não sei se “Promēthéus”...

Titãs, deuses… Aquele que pensa antes…

Imagem dos deuses…

Enviado para reinar sobre a terra

Reina a poesia…

Inspira todo dia…

Uma palavra, frase, melodia…

Está na dor, na alegria, no amor…

Tristeza, melancolia, no dia a dia

No desamor, no impossível amor

Na cor, no odor, no galanteador

Porque não! O amador…

Uma flor, no sem pudor, rimas

Sem métricas, sem rima…

No passado, presente, talvez futuro…

Na saudade, na vaidade, em qualquer um…

Em qualquer lugar, fonte ou lar…

Qualquer coisa, com ou sem idade!

Na fantasia, no inanimado, animado…

No quê, O quê, Porquê, como, onde…

Está aqui, ali, no amor que poderia…

Que não pode, sem inspiração…

Também seria…

É minha musa…

Qual seria?

Inspiração…

Expiração…

Do pulmão expulso ou

da finalização.


 

AUTORA RIZZON RAMOS


Rizzon Ramos, é alagoana da cidade de Penedo, atualmente mora em Itaguaí Costa Verde do estado do Rio de Janeiro. Escritora em verso, prosa e contos, autora de Rosas no Varal, coautores de Antologias, poeta, compositora, e apaixonada por fotografias.

 

NO MEU BAIRRO


No bairro onde eu moro

Tem lá seus problemas,

Mas, onde não tem?

Peço a você

Um pouco de paciência.

No bairro onde eu moro

Tem também alegria

É só o que eu procuro

Todos os dias.

No bairro onde eu moro

Não tem só violência,

Peço a você

Mais um pouquinho de paciência.

No bairro onde eu moro

Existe esperança,

No sorriso inocente de uma criança.

No bairro onde eu moro

Encontrei alegria,

No bairro onde eu moro

Tem também poesia.


 

AUTORA MARINALVA ALMADA


Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.

 

A FILA


No SUS a fila anda

Para onde?

Até o atendente.

Para quê?

Para receber um “Não há vagas”.

O sistema não está no ar.

Para quem é a consulta, o exame?

Para o pobre que precisa de tratamento.

Qual a gravidade da doença?

Qual é o risco?

O que importa?

Tanto faz como tanto fez.

O tratamento é o mesmo.

A fila para e o paciente espera.

Até quando?

Isso não sei.


 

AUTOR IARLEY JONATÃ


Iarley Jonatã nasceu em 2008 e vive na cidade de Caxias, Maranhão. Desde pequeno desenvolveu seu amor pela leitura e escrita, atualmente empenha-se em realizar o sonho de divulgar e compartilhar seus contos e poesias para aqueles, que assim como ele, amam ler.

 

DOR, VIDA E POESIA


Sinto-me preso

Aprisionado em meu próprio pensar

Lancei-me para o silêncio

Debrucei-me sob a arte de vagar

Caminhei por todas as minhas dores e imperfeições

Contudo, empenhei-me para perscrutar.


Só então percebi

Que no decurso do tempo

Tudo que vivi

Cada falha, dor e sofrimento

Presenteou-me com o dom da força

Dando para minha alma firmamento.


É comum ignorá-las

Pensar que nelas não se há valor

Mas há, sim, há

E como é libertador

Pois ao se desvencilhar dos andrajos     

Ver-se-á um vencedor.


Um ser de força imparável

Capaz de superar sua dor.

Renova-se a cada falha

Reconstrói-se inteiramente

Ressignifica o seu pensar

E repensa em tudo o que sente.

Aprende que as dores não são fixas

Por isso as ultrapassa, seguindo o belo caminho à frente.


Agora, sinto-me liberto

Espero não retornar a este lugar

Caso retorne, como suponho

Desejo a mim mesmo que possa novamente escapar

Deste peso e busca por algo que não sou

De algo que rejeito, mas insiste em voltar.



 

AUTORA GABRIELY BRANDÃO


Gabriely Brandão Ramos, 28 anos, nascida em Itaguaí – Rio de Janeiro. Técnica em mecânica, poeta, participou da sétima e oitava edição da coletânea de jovens poetas na cidade de Itaguaí. Viu na escrita uma forma de expressão da arte e cultura. Escritora na antologia suspiros poéticos.

 

O VALOR DA AMIZADE


O valor da amizade é frequentemente subestimado por muitos. No entanto, a verdadeira amizade é uma forma de irmandade que poucos conseguem compreender plenamente. É fácil esquecer quantas vezes um grande amigo esteve ao seu lado, renunciando ao seu próprio tempo para estar presente nos momentos em que você precisou dele. Quantas vezes ele estendeu a mão e fez você sorrir quando tudo o que você queria era chorar? Aqueles capazes de reconhecer os menores detalhes nunca terão motivos para não serem gratos pela presença dos seus amigos verdadeiros.


 

AUTOR EDUARDO CHIARINI


Eduardo Chiarini é engenheiro eletricista, com especialização em Sistemas Elétricos de Potência. Foi professor universitário na PUC-MG e na Faculdade de Itaúna. Dedica-se à literatura desde os 13 anos de idade. Atualmente estuda filosofia com previsão de término em 2025. Tem quatro livros publicados, sendo três de poemas Escolhidos e Esquecidos vol. I e II e Inflexões e um de contos Histórias em Retratos.

 

MULHERES


Maria é andarilha,

Regina, bailarina,

Heloisa, poetisa,

Manuela é amiga dela:

— De quem era?

Antonella, italiana, mulher muito bela.

Ana Liz é atriz,

Dagmar, parlamentar,

quarto mandato com excelência, digo eu,

sempre pelo bem do povo que a elegeu.

Berenice, quem disse?

Enlouqueceu... Depois morreu,

já Beatriz, meretriz,

queria ser modelo, mas não deu...

Lorena, todos tinham pena,

mas doidivana mesmo era Luana,

Yasmim cheirava a rosa e jasmim,

Bianca bancava e quebrava a banca,

de Letícia, que vendia malícia,

e dava notícia de todas as mulheres,

dessas e de todas as outras que queres.


 

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