Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!
Luiz Primati
AUTORA MIGUELA RABELO
Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
OLHA O TREM
E quando pensamos em deixar
A tristeza nos sequestra,
Percebemos Que não temos tempo mais para ela
Nem para quem não faz questão ou
Se abstém...
A vida anda mostrando sua magia
E, ao mesmo tempo, escassez…
E o quanto sua singular beleza
De imprevisibilidade pode nos Encantar,
Quando assim Desapegarmos do pré-concebido
Do que outrora era validado...
Quando simplesmente deixamos
A correnteza da fluidez do inesperado nos conduzir,
Sem assim nos defender
Ou contra a atacar...
A vida assim poderá escoar mais leve
E límpida...
E assim estou tentando Nadar...
Sem pressa, sem afundar ou me importar...
Quem foi teve seu tempo
De importância que não será Inexistente...
Quem apenas espiou, desaparece
Como fumaça...
Quem ficou ou faz questão de não se
Afastar, Continuará presente mesmo
Que ausente,
momentaneamente…
Então, simbora que a vida é traiçoeira
E é trem que não freia para nossos alardes,
Prantos ou lamúrias...
Porque um dia, ela simplesmente passará...
E sabe-se lá se um dia voltará…
AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
MELHOR ASSIM
Adormecer e esquecer
O que não poderia ser
Foi um sonho rápido
Daqueles que nos transformam
Em borboletas
Que de flor em flor
Vamos sentindo que as alegrias do amor
Nem sempre se eternizam
Porque são apenas
Um pouso na memória.
Melhor assim
Antes que esse momento amoroso
Vista a alma iludida
E não possa se emocionar
Com a proximidade da primavera.
Só resta sentir
O que foi
Ficando um brinde ecoando
Melodias para um amor
Que não ficou amando.
AUTORA ROBERTA PEREIRA
Roberta M F Pereira nasceu em 1986 e cresceu na cidade de Brumado, interior da Bahia. É Historiadora, Tradutora, Intérprete de Libras, Professora e Poetisa. Desde bem jovem já demonstrava seu amor e dedicação a escrita, especialmente poesias. Tem suas poesias publicadas em diversas coletâneas e no site Recanto das Letras com o pseudônimo, Betina. É autora do livro “Verdades de um Coração Ferido”.
MULHER
A mulher é força, é garra, é linda de se ver...
Por vezes guerra, por vezes paz... Para adquirir os seus direitos, de tudo ela pode ser capaz!
A mulher também pode ser alegria, pode ser flor, às vezes dor, mas não há quem tire dela o desejo de ser livre e de viver o amor…
Mulher, quem é você? De onde vens?
Acho que do paraíso, pois somente isto descreveria seu belo sorriso.
Todo dia é dia da mulher! Dessa mulher forte e corajosa que enfrenta tudo mesmo que o medo esteja presente!
Esta mulher que tudo pode transformar, desde um pequeno gesto até a forma de amar. ❤️
AUTOR SIDNEI CAPELLA
Sidnei Capella, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo, Graduado em Administração. Escrevendo e publicando poesias e contos nos cadernos semanais da Editora Valleti Books. Participou da II copa de poesias da revista Cronópolis, em janeiro de 2022. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, grande parte dos seus textos são publicados na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”
A FORÇA DO TEMPO
O tempo, nosso amigo; nosso inimigo;
nosso aliado; nosso adversário.
Feito, jogo de cartas de baralho.
Não sabemos qual será a carta da vez…
No tempo que corre… lágrimas rolam…
Sorrisos se alargam…
Como o vento que passa é o tempo,
que percorre…
Como as sementes das flores plantadas,
primeiro nascem os espinhos, depois as flores.
Tudo no tempo certo.
E o tempo caminha mesmo sem pernas.
No Invisível… não vemos!
Só sentimos, nas dores ou alívios…
E assim na força do tempo;
transforma-se nossa dor
na força do amor.
Passar pelo tempo, requer paciência…
AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
LEMBRANÇAS
Já era tarde da noite
O sono ainda não dava sinal
Resolvi ligar o rádio
E ao deitar-me logo lembrei de você
Nem precisava fechar os olhos
Para te ver tão nítido na minha frente
Como miragem vindo pela madrugada
Meu quarto escuro e tão frio
Permitia entre uma canção e outra
Levar-me por lembranças suas
Uma dose de saudade com solidão
Invadia meu corpo como resposta
Da distância do teu corpo do meu
E assim amanhecia mais um dia
Longe de mim você ainda está
Até quando terei que te esperar...
AUTOR AUGUSTO INFANTE E-mail: augusto.infante2023@gmail.com
Augusto Infante, fruto místico do enlace entre sereias e dragões, foi um visionário em um mundo de absurdo e ironia. Educado por pinguins falantes e tendo explorado terras tão distantes quanto a Atlântida e a Terra do Nunca, ele se consagrou como mestre do sarcasmo e do nonsense, guiando os navegantes nas águas turvas do ridículo. Em seu legado, Augusto nos presenteou com a obra-prima "Contos de um Infante Sarcástico", uma coletânea de histórias tão estranhas quanto engraçadas, onde o absurdo reinava. Hoje, seu nome ecoa nos confins do mundo do humor e da poesia, e seu espírito surrealista segue inspirando a todos que se atrevem a mergulhar em suas páginas irônicas.
DIVINA COMÉDIA CÓSMICA DO PRANTO
Eis a questão suprema,
Que nos assalta em vigília e em algema:
Qual o sentido, o rumo, o propósito
Dessa vida que corre, qual o escopo?
A vida, essa piada de mau gosto,
Um mero capricho do ser oniposto,
A roleta cósmica que gira e gira,
E nessa dança louca nos retira.
Ora, Deus, esse ser celestial,
Mistério tão velho quanto o temporal,
Por que criaste, então, esse dilema,
Se somos apenas peças de teu esquema?
Jogamos nossos dados no infinito,
E a vida, essa troça, rimos do conflito,
O riso, a dor, a lágrima e o desespero,
Mero entretenimento, como um jogo de tabuleiro.
E quem somos nós, senão marionetes
Nesse teatro absurdo, que nos inquieta,
Em busca de sentido, em busca de um porquê,
Será que até mesmo Deus, por ventura, não vê?
Ah, sim, essa vida é um gracejo,
Uma ironia, um enigma, um arremedo,
Mas mesmo assim, em sarcasmo desmedido,
Seguimos adiante, o caminho escolhido.
Tudo tão humano e poético, eu adoro esse caderno!!!!🤗
Adorei os textos dos colegas poetas...
* Em primeiro lugar, amei a ideia de associação entre a vida e o trem, muito perspicaz. Também, todo o discorrer de possibilidades que a vida pode nos proporcionar. Abordado com sensibilidade única por Miguela.
* Stella, uma reflexão saborosa sobre o amor. Reflexiva, que só Stella poderia narrar de tal forma… Suave, sensível, amável e delicada. É como ler um texto identidade de autor. Amei.
* Roberta, fala da mulher com sensibilidade, força, senso crítico e direitos. A mulher em sua totalidade e plenitude. Maravilhoso.
* Sidnei e o tempo, fantástico… Com metáforas e comparações inteligentíssimas, discute o tempo com sabedoria e perspicácia.
* Simone, se não falar de amor e romances, não…
Belas poesias de todos! Parabéns! Mas não esqueçam do Spotify.
Caros Stella, Miguela, Sidnei, Roberta e Simone,
Eu não posso deixar de expressar minha admiração pelas poesias belíssimas que vocês compartilharam no blog. Devo dizer que vocês são verdadeiros artistas das palavras!
A poesia da Simone, intitulada "LEMBRANÇAS", me levou a refletir sobre o passado e as memórias que ficam conosco. Já a poesia da Miguela, "OLHA O TREM", me fez sentir como se estivesse na estação, aguardando ansiosamente a chegada de um ente querido.
Mas, sem dúvida alguma, a poesia do Sidnei, "A FORÇA DO TEMPO", foi a que mais me emocionou. Suas palavras me fizeram lembrar que a vida é passageira e que devemos aproveitar cada momento como se fosse o último.
A poesia da Roberta, "MULHER", me…