Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.
DIA MUNDIAL DA POESIA
No vigésimo primeiro dia de março, o universo se enfeita com um manto de sussurros entrelaçados, onde as palavras dançam como estrelas em um céu de estrofes. O Dia Mundial da Poesia desponta como um farol, iluminando a arte que acaricia nossas almas, que desperta pensamentos adormecidos e, em segredo, nos conduz por trilhas ocultas dentro de nós mesmos, como rios que correm sob a terra.
É uma data singular, em que as sílabas se tornam fios dourados, costurando véus de sonhos e suspiros. A beleza, nesse dia, esconde-se nas dobras de cada som escolhido com o cuidado de um ourives, lapidando o invisível. É o momento de erguer um brinde aos navegantes das letras, os poetas e poetisas, aqueles que sopram vida nas velas da nossa imaginação, que fazem nossos corações vibrarem como cordas de um alaúde e nos lançam a mares jamais sonhados.
Que se curvem as árvores em reverência aos artesãos das palavras, esses magos que pintam o mundo com tintas de encantamento.
Que neste dia sagrado da poesia, o vento nos eleve a alturas onde os sonhos ganham asas, onde o amor se derrama como chuva generosa, e possamos mergulhar nas águas profundas da alquimia verbal, capazes de moldar o cinza de nossas vidas em ouro reluzente.
Que nossos escritos sejam espelhos da verdade, flechas que atravessam o peito com ternura, oferecendo ao leitor um aconchego esculpido em versos, ainda que o espaço nos separe. Neste dia, que a poesia seja o unguento que suaviza as feridas da alma, um convite para que cada palavra ressoe como um sino, cada verso floresça como um jardim, cada rima ecoe como um canto ancestral.
Pois é nessa dança milenar das letras que revelamos o que nos faz humanos: os tremores de nossas emoções, os gritos mudos de nossos desejos, as luzes trêmulas de nossas esperanças. Feliz Dia Mundial da Poesia a todos os que carregam um coração feito de versos!

AUTORA STELLA GASPAR
STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
O SOL LUZINDO NAS FLORES PRÍMULAS
Esse sol, essas flores.
Recriando meus sorrisos.
Me vestindo de poesias.
Degusto a luz de teus olhos.
Como uma flor de Prímula
Em uma composição suave.
Na cor amarela e lilás.
Com deslumbramento,
sou apaixonada com saudades.
Com lágrimas de estrelas.
Sinto-me abraçada.
Ah! Meu amante, amor.
Amoroso e generoso.
Você é soma.
Como a confluência de ventos em flautas.
Nada em mim se divide.
A nossa fórmula está em meus lábios.
Te amando, sou uma fera faminta.
Com febre de delírios.
Em um leito nupcial.

AUTOR SIDNEI CAPELLA
SIDNEI CAPELLA, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, participou de algumas antologias. Grande parte dos seus textos são publicados na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”
SOLIDÃO
Ar que falta no peito.
Mente inundada de pensamentos.
Na dor da desilusão.
A companhia é o sofrimento.
Copo cheio de aguardente.
No cinzeiro, as bitucas de cigarros.
Introspectivo ao passado.
Sou eu e as cartas de baralho.
Na noite que avança…
Do peso do vazio da solidão.
Gole e trago adentro.
Lágrimas aliviam o coração.
Vento sopra no externo.
Pingos de chuva no telhado.
Palavras espalhadas no caderno.
Na poesia faço meu desabafo.

AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
A DONA DA HISTÓRIA
Ah, mulher! Quem te viu,
quem te vê, atualmente,
mesmo diante de tanta
desigualdade que você
vem sofrendo com essa
falta de sensibilidade
diante do machismo
e da brutalidade
que infelizmente ainda
impera dentro da nossa
sociedade que vem fazendo
você sofrer com inúmeros
atos de maldade
que vem ferindo
e matando totalmente
a sua dignidade que
é calada pelas mãos
da impunidade por conta
dessas leis pífias que
infelizmente ainda regem
o nosso Código Penal
que para muitos beira
a imoralidade diante
dessa violenta e brutal
realidade que vem se
espalhando na humanidade,
que vem deixando você mulher,
cada vez mais em
estado de vulnerabilidade.
Mas você, mulher,
insiste em não se calar
e ao longo desses 50 anos
com diversas conquistas,
você mulher; ainda tem
muitas vitórias para alcançar,
mas infelizmente ainda vive
em tempos de opressão,
de muita violência,
de muitas lutas
e de adversidade,
contudo mulher,
tu não tens desanimado,
por isso, eu te admiro
e te digo mais,
mulher continue buscando
cada vez mais
a sua independência
e queira sempre
o melhor para você
e não importa em que
tempo esteja vivendo,
não se cale diante
da crueldade machista
imposta a você mulher
e quebre os paradigmas
da sociedade que ainda
sonha com uma Amélia
de outrora e continue quebrando
as barreiras da desigualdade,
e busque sempre
por igualdade e jamais
abra mão da sua liberdade.
E não aceite um amor forjado
por alguém disfarçado
de príncipe encantado
que depois do fato consumado
quer te prender no laço,
busque sempre a sua liberdade,
afinal o tempo de aceitar
o cativeiro acabou,
porque você mulher
pode tudo, afinal,
é você quem gera o mundo,
a mulher de hoje
sabe bem o que quer
e não fica esperando
um príncipe encantado
em cima de um cavalo branco,
pelo contrário,
a mulher de hoje
sai para batalhar,
vai para a luta na arena
e ainda salva o príncipe,
a mulher de hoje
quer o companheirismo
com cumplicidade,
quer um homem
de verdade para amar
e ser amada,
para cuidar e ser cuidada,
a mulher de hoje
não quer mais viver
dias opressão a mulher
de hoje merece
o melhor da vida,
por isso, eu admiro
a sua luta, sua força
e a sua persistência,
e em seu nome levanto
a bandeira da liberdade
e junto a ti luto
pela igualdade
e lembre-se, mulher
não se submeta àquilo
que você não quer,
e que o machismo
entenda que quando
você disser ‘não’ é ‘não’,
e por menor que seja
a imposição, mulher,
acredite: você é a
dona da história!

AUTOR WAGNER PLANAS
Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
PAIXÃO EM CINZAS
Paixão em cinzas,
É a vida que levo,
O Desamor dos ranzinzas,
As explosões da paixão, eu relevo.
Não dá para acreditar no amor,
Difícil até ser fonte de inspiração,
Minha alma de inverno, não emite calor,
Friamente bate meu coração.
A sensação de zero absoluto,
Me tornou um ser obsoleto,
Minha alma pede luto,
Minhas paixões são tudo discretas.
Então escrevo este soneto,
Pois são palavras livres e diretas.

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
UM QUARTO SEM ECO
Num canto
Do meu quarto
Não canto,
Não falo,
Simplesmente calo.
Inúmeras vezes quis falar,
Mas era coagida a silenciar
No quarto sem eco
Procurava meditar.
O grito preso
Queria voar.
Na introspecção
Encontrei perguntas,
Mas deparei-me com a solidão.
Quem pode entender o coração?!
No quarto sem eco
Derramo toda inquietação
Ao criador em oração,
Na certeza de que me ouves
E que tranquiliza meu coração,
Posso falar com ele
Em qualquer ocasião.

AUTORA ILZE MATOS
Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.
FLOR DE LARANJEIRA
O que brota dentro do coração?
É a beleza de uma flor de laranjeira, com seu perfume exalando por onde passa.
O coração da gente, ás vezes, quer sair sozinho para visitar gente; por outras vezes, deseja ser gente e se dominar, deixando-nos sem saber o que fazer com a mente.
Então fica essa concorrência entre o coração e a razão, e nós, equilibristas dos palcos da vida.

AUTORA LILA LEITE
ELIANA ROCHA, da cidade de Brumado, interior da Bahia. Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB - Universidade do Estado da Bahia; Pós graduada em Psicopedagogia, pela FACINTER - Faculdade Internacional de Curitiba. Professora aposentada, atualmente Coordenadora da Escola Particular "O Pequeno Príncipe" - Brumado.
ONDE NINGUÉM ME VÊ
Hoje, só por hoje, eu gostaria de estar
onde ninguém pudesse me ver,
para não perceber em mim
o que nem eu consegui crer.
São as surpresas que a vida nos traz
de onde você nunca imagina.
Mas a decepção não mata,
ela apenas nos ensina
a enxergar o que tem por trás
daquela tão linda cortina.
De repente, talvez não tão de repente,
você acorda, ainda que não esteja dormindo.
Sabe aquela soneca de dez minutos
e você toma aquele susto?
Pois sim, é a vida te avisando
que a máscara está caindo.
A cortina se abre
e o espetáculo vai começar,
mas é só apenas um ensaio,
pois esse show não vai continuar.
Porque eu não darei o direito
de ninguém jamais me humilhar.
Antes, eu exijo respeito.
Se estou com a razão,
nenhuma decepção eu hei de aturar.
Hoje, só por hoje, eu queria estar
em outra qualquer dimensão,
onde ninguém pudesse me ver,
até que um dia eu pudesse crer
que o bem sempre vence o mal
e que esse mundo ainda tem solução.

AUTORA IRIS PONGELUPPI
IRIS PONGELUPPI é mineira de Belo Horizonte, escreve desde a infância. É autora do livro de contos "Intangíveis" pela editora Poesias Escolhidas (2018) e também do livro de poesia "Veemente como o Sol" pela Editora Minimalismos (2025). Participou e participa de algumas antologias e projetos literários.
ELA
Engoliu a lua
pra tentar
ser maior
Enfeitou-se de estrelas
para se sentir
melhor
Tocou o céu
com os pés no chão
e ainda assim
caiu na solidão
Há um rasgo
na palma da mão
Hemorragia
A vida é contínua
Ora na tristeza, ora na alegria
Utopia, distopia
Tornou-se a própria
escuridão
Quem diria?
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