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BECO DOS POETAS Nº 92 — 20/03/2025

Foto do escritor: Luiz PrimatiLuiz Primati

Grandes textos, grandes poesias! Leiam, comentem, compartilhem!


Imagem criado com IA Midjourney
Imagem criado com IA Midjourney
 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

 

DIA MUNDIAL DA POESIA


No vigésimo primeiro dia de março, o universo se enfeita com um manto de sussurros entrelaçados, onde as palavras dançam como estrelas em um céu de estrofes. O Dia Mundial da Poesia desponta como um farol, iluminando a arte que acaricia nossas almas, que desperta pensamentos adormecidos e, em segredo, nos conduz por trilhas ocultas dentro de nós mesmos, como rios que correm sob a terra.


É uma data singular, em que as sílabas se tornam fios dourados, costurando véus de sonhos e suspiros. A beleza, nesse dia, esconde-se nas dobras de cada som escolhido com o cuidado de um ourives, lapidando o invisível. É o momento de erguer um brinde aos navegantes das letras, os poetas e poetisas, aqueles que sopram vida nas velas da nossa imaginação, que fazem nossos corações vibrarem como cordas de um alaúde e nos lançam a mares jamais sonhados.


Que se curvem as árvores em reverência aos artesãos das palavras, esses magos que pintam o mundo com tintas de encantamento.


Que neste dia sagrado da poesia, o vento nos eleve a alturas onde os sonhos ganham asas, onde o amor se derrama como chuva generosa, e possamos mergulhar nas águas profundas da alquimia verbal, capazes de moldar o cinza de nossas vidas em ouro reluzente.


Que nossos escritos sejam espelhos da verdade, flechas que atravessam o peito com ternura, oferecendo ao leitor um aconchego esculpido em versos, ainda que o espaço nos separe. Neste dia, que a poesia seja o unguento que suaviza as feridas da alma, um convite para que cada palavra ressoe como um sino, cada verso floresça como um jardim, cada rima ecoe como um canto ancestral.


Pois é nessa dança milenar das letras que revelamos o que nos faz humanos: os tremores de nossas emoções, os gritos mudos de nossos desejos, as luzes trêmulas de nossas esperanças. Feliz Dia Mundial da Poesia a todos os que carregam um coração feito de versos!


 

AUTORA STELLA GASPAR


STELLA GASPAR é natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

O SOL LUZINDO NAS FLORES PRÍMULAS


Esse sol, essas flores.

Recriando meus sorrisos.

Me vestindo de poesias.

Degusto a luz de teus olhos.

 

Como uma flor de Prímula

Em uma composição suave.

Na cor amarela e lilás.

Com deslumbramento,

sou apaixonada com saudades.

Com lágrimas de estrelas.

Sinto-me abraçada.

 

Ah! Meu amante, amor.

Amoroso e generoso.

Você é soma.

Como a confluência de ventos em flautas.

Nada em mim se divide.

 

A nossa fórmula está em meus lábios.

Te amando, sou uma fera faminta.

Com febre de delírios.

Em um leito nupcial.

 

AUTOR SIDNEI CAPELLA


SIDNEI CAPELLA, natural e residente em São Caetano do Sul — São Paulo. Escreve textos poéticos, contos e mensagens, participou de algumas antologias. Grande parte dos seus textos são publicados na página do Instagram que administra. Utiliza a frase criada por ele: “Inspiração me leva a escrever sobre tudo, a inspiração vem de Deus, escrevo para o meu próximo, de modo a despertar sentimentos e mexer com suas emoções.”

 

SOLIDÃO


Ar que falta no peito.

Mente inundada de pensamentos.

Na dor da desilusão.

A companhia é o sofrimento.


Copo cheio de aguardente.

No cinzeiro, as bitucas de cigarros.

Introspectivo ao passado.

Sou eu e as cartas de baralho.


Na noite que avança…

Do peso do vazio da solidão.

Gole e trago adentro.

Lágrimas aliviam o coração.


Vento sopra no externo.

Pingos de chuva no telhado.

Palavras espalhadas no caderno.

Na poesia faço meu desabafo.


 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.


 

A DONA DA HISTÓRIA


Ah, mulher! Quem te viu,

quem te vê, atualmente,

mesmo diante de tanta

desigualdade que você

vem sofrendo com essa

falta de sensibilidade

diante do machismo

e da brutalidade

que infelizmente ainda

impera dentro da nossa

sociedade que vem fazendo

você sofrer com inúmeros

atos de maldade

que vem ferindo

e matando totalmente

a sua dignidade que

é calada pelas mãos

da impunidade por conta

dessas leis pífias que

infelizmente ainda regem

o nosso Código Penal

que para muitos beira

a imoralidade diante

dessa violenta e brutal

realidade que vem se

espalhando na humanidade,

que vem deixando você mulher,

cada vez mais em

estado de vulnerabilidade.


Mas você, mulher,

insiste em não se calar

e ao longo desses 50 anos

com diversas conquistas,

você mulher; ainda tem

muitas vitórias para alcançar,

mas infelizmente ainda vive

em tempos de opressão,

de muita violência,

de muitas lutas

e de adversidade,

contudo mulher,

tu não tens desanimado,

por isso, eu te admiro

e te digo mais,

mulher continue buscando

cada vez mais

a sua independência

e queira sempre

o melhor para você

e não importa em que

tempo esteja vivendo,

não se cale diante

da crueldade machista

imposta a você mulher

e quebre os paradigmas

da sociedade que ainda

sonha com uma Amélia

de outrora e continue quebrando

as barreiras da desigualdade,

e busque sempre

por igualdade e jamais

abra mão da sua liberdade.


E não aceite um amor forjado

por alguém disfarçado

de príncipe encantado

que depois do fato consumado

quer te prender no laço,

busque sempre a sua liberdade,

afinal o tempo de aceitar

o cativeiro acabou,

porque você mulher

pode tudo, afinal,

é você quem gera o mundo,

a mulher de hoje

sabe bem o que quer

e não fica esperando

um príncipe encantado

em cima de um cavalo branco,

pelo contrário,

a mulher de hoje

sai para batalhar,

vai para a luta na arena

e ainda salva o príncipe,

a mulher de hoje

quer o companheirismo

com cumplicidade,

quer um homem

de verdade para amar

e ser amada,

para cuidar e ser cuidada,

a mulher de hoje

não quer mais viver

dias opressão a mulher

de hoje merece

o melhor da vida,

por isso, eu admiro

a sua luta, sua força

e a sua persistência,

e em seu nome levanto

a bandeira da liberdade

e junto a ti luto

pela igualdade

e lembre-se, mulher

não se submeta àquilo

que você não quer,

e que o machismo

entenda que quando

você disser ‘não’ é ‘não’,

e por menor que seja

a imposição, mulher,

acredite: você é a

dona da história!


 

AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

 

PAIXÃO EM CINZAS


Paixão em cinzas,

É a vida que levo,

O Desamor dos ranzinzas,

As explosões da paixão, eu relevo.


Não dá para acreditar no amor,

Difícil até ser fonte de inspiração,

Minha alma de inverno, não emite calor,

Friamente bate meu coração.


A sensação de zero absoluto,

Me tornou um ser obsoleto,

Minha alma pede luto,

Minhas paixões são tudo discretas.


Então escrevo este soneto,

Pois são palavras livres e diretas.

 

 

AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA


Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.

 

UM QUARTO SEM ECO


Num canto

Do meu quarto

Não canto,

Não falo,

Simplesmente calo.


Inúmeras vezes quis falar,

Mas era coagida a silenciar

No quarto sem eco

Procurava meditar.


O grito preso

Queria voar.

Na introspecção

Encontrei perguntas,

Mas deparei-me com a solidão.

Quem pode entender o coração?!


No quarto sem eco

Derramo toda inquietação

Ao criador em oração,

Na certeza de que me ouves

E que tranquiliza meu coração,

Posso falar com ele

Em qualquer ocasião.


 

AUTORA ILZE MATOS


Ilze Maria de Almeida Matos nasceu em Caxias, Maranhão, terra de Gonçalves Dias, e é engenheira agrônoma, ex-bancária e poeta. Atualmente, mora em São Luís do Maranhão. Sempre teve na alma e no coração poesia, música e muitos sonhos. Acredita no amor e nas pessoas, convicta de que tudo pode mudar e de que o amor de Deus transforma vidas. É casada e mãe de três filhos. Sua trajetória começou no Rio de Janeiro, no Parque Guinle, onde, refletindo sobre a vida e observando as pessoas ao seu redor, começou a rabiscar no caderno tudo o que via. Ela é apaixonada pelo mar, pela lua, pelas estrelas, pelas montanhas, pela música e pela dança. Esses elementos são fontes de inspiração constante para sua poesia, e a cada um deles dedica uma admiração profunda. A poesia surge para ela de diversas formas: em conversas, risos e nos momentos do convívio diário, transformando o simples cotidiano em poesia. Gosta de escutar as pessoas e está sempre pronta para oferecer um conselho ou um aconchego a quem se aproxima dela. A escrita é uma forma de expressar os sentimentos guardados em seu coração, e ela vibra quando suas palavras tocam o coração de alguém. Escreve simplesmente para tocar corações. Sempre procurou algo a mais, algo que a tocasse profundamente, e a poesia é o que faz seu coração transbordar de lindos sentimentos, de maneira que todos possam compreender.

 

FLOR DE LARANJEIRA


O que brota dentro do coração?


É a beleza de uma flor de laranjeira, com seu perfume exalando por onde passa.


O coração da gente, ás vezes, quer sair sozinho para visitar gente; por outras vezes, deseja ser gente e se dominar, deixando-nos sem saber o que fazer com a mente.


Então fica essa concorrência entre o coração e a razão, e nós, equilibristas dos palcos da vida.

 

 

AUTORA LILA LEITE


ELIANA ROCHA, da cidade de Brumado, interior da Bahia. Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB - Universidade do Estado da Bahia; Pós graduada em Psicopedagogia, pela FACINTER - Faculdade Internacional de Curitiba. Professora aposentada, atualmente Coordenadora da Escola Particular "O Pequeno Príncipe" - Brumado.

 

ONDE NINGUÉM ME VÊ


Hoje, só por hoje, eu gostaria de estar

onde ninguém pudesse me ver,

para não perceber em mim

o que nem eu consegui crer.


São as surpresas que a vida nos traz

de onde você nunca imagina.

Mas a decepção não mata,

ela apenas nos ensina

a enxergar o que tem por trás

daquela tão linda cortina.


De repente, talvez não tão de repente,

você acorda, ainda que não esteja dormindo.

Sabe aquela soneca de dez minutos

e você toma aquele susto?

Pois sim, é a vida te avisando

que a máscara está caindo.


A cortina se abre

e o espetáculo vai começar,

mas é só apenas um ensaio,

pois esse show não vai continuar.


Porque eu não darei o direito

de ninguém jamais me humilhar.

Antes, eu exijo respeito.

Se estou com a razão,

nenhuma decepção eu hei de aturar.


Hoje, só por hoje, eu queria estar

em outra qualquer dimensão,

onde ninguém pudesse me ver,

até que um dia eu pudesse crer

que o bem sempre vence o mal

e que esse mundo ainda tem solução.


 

AUTORA IRIS PONGELUPPI


IRIS PONGELUPPI é mineira de Belo Horizonte, escreve desde a infância. É autora do livro de contos "Intangíveis" pela editora Poesias Escolhidas (2018) e também do livro de poesia "Veemente como o Sol" pela Editora Minimalismos (2025). Participou e participa de algumas antologias e projetos literários.

 

ELA


Engoliu a lua

pra tentar

ser maior

Enfeitou-se de estrelas

para se sentir

melhor

Tocou o céu

com os pés no chão

e ainda assim

caiu na solidão

Há um rasgo

na palma da mão

Hemorragia

A vida é contínua

Ora na tristeza, ora na alegria

Utopia, distopia

Tornou-se a própria

escuridão

Quem diria?


 

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