A Valleti Kids tem a honra de apresentar a nona edição do caderno ESTÓRIAS DO VALLETINHO.
A colunista Alessandra Valle, apresenta contos para crianças, jovens e famílias.
Querem conhecer a infância de mais uma personalidade com dom inato? O conto de Alessandra Valle vai apresentar BRUNO, menino que desenvolveu o dom pela arte da tesoura.
Vamos nos encantar com as ESTÓRIAS DO VALLETINHO desta edição.
Mães, pais, responsáveis e educadores encontrarão boas estórias para divertir, educar e entreter a criançada.
Aos sábados, uma novidade da Valleti Kids.
Alessandra Valle
AUTORA ALESSANDRA VALLE
Alessandra Valle é escritora para infância e teve seu primeiro livro publicado em 2021 — A MENINA BEL E O GATO GRATO — o qual teve mais de 200 downloads e 400 livros físicos distribuídos pelo Brasil. Com foco no autoconhecimento, a escritora busca em suas histórias a identificação dos personagens com os leitores e os leva a refletir sobre suas condutas visando o despertar de virtudes na consciência.
PINTANDO, CORTANDO E CRIANDO
Trim, trim, trim, trim, marca o horário de término das aulas e início do período livre na escola onde estuda Bruno.
O que será que as crianças vão escolher fazer?
A maioria, pôs-se a correr brincando de pique-pega, mas Bruno decidiu permanecer na sala de artes praticando a arte tradicional e secular japonesa chamada Origami.
Dobrando o papel, a imaginação do menino ganha vida. Seres e objetos são criados a partir das dobras geométricas de uma peça de papel. Essa é a maior distração que Bruno pode ter.
Feliz é o dia da semana onde acontece a aula de artes, não só pela oportunidade de praticar dobradura, mas também, porque o menino poderá aprimorar o desenho, a pintura, o recorte e a colagem.
Os pais já haviam percebido a habilidade do filho com as mãos, por isso, não o presenteavam mais com super-heróis prontos, deixavam-no livre para criá-los a partir do papel.
Cuidadosamente, Bruno desenhava seus super-heróis favoritos, entretanto, criava os modelos de roupas e tipos de cabelo diferentes para cada um deles, a fim de que pudesse compor os personagens cada vez mais criativos e diversificados.
Logo, as experiências artísticas de Bruno passaram a ser testadas nele mesmo.
Observando suas mãos enquanto desenhava na folha de papel, percebeu que sua pele poderia ser tela para diversas pinturas e começou a praticar seus desenhos pelos braços, tronco e pernas, utilizando canetinhas.
— Quando crescer vou ter muitas tatuagens coloridas — desejava o menino colorista.
Em casa, após o banho, Bruno observou-se no espelho e concluiu:
— Acho que se eu cortar a franja do meu cabelo vou ficar com uma aparência mais bonita.
Rip! Fez a tesoura quando Bruno tomou a decisão de se embelezar.
Ao adentrar a sala, o pai, sentado no sofá, percebeu a mudança na aparência do filho e se admirou:
— Gostei do corte de seu cabelo, ficou muito bonito em você. Faz em mim também? — propôs o genitor, buscando incentivar o dom do filho.
Naquela tarde, Bruno sentiu a felicidade plena pela primeira vez, ao cortar o cabelo de seu pai, apesar de reconhecer que as técnicas para se profissionalizar ainda precisavam ser estudadas.
Homenagem a Bruno Santana
Instagram: @nobru.santana
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