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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 39 — 25/09/2022

Leia, reflita, comente!

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, entre eles, romance, ficção, contos, infantil. É autor de mais de 10 livros, disponíveis atualmente na Amazon. A descoberta da escrita foi logo que aprendeu a escrever, mas, a chama foi definitivamente acesa em 1981, quando participou do grupo teatral TER (Teatro Estudantil Rosa). O próximo projeto que lançará é o livro de terror: "A MALDIÇÃO DO HOTEL PARADISIUM", em parceria com Vivian Duarte. Hoje é editor da Valleti Books, onde ajuda escritores amadores a realizar o sonho de publicar seus livros.
 

PADRÕES ALTERADOS


Quase tudo é medido em padrões. O que era considerado normal numa época, em outra passa a ser bizarro. Um dos exemplos de mudança de padrão pode ser relembrando os pintores da época barroca. O pintor Rubens (Peter Paul Rubens) pintava mulheres nuas em suas obras e elas eram sempre gordas. Era o padrão de beleza para a época. Hoje isso é impensável. Chamamos de pré-conceito agora e não de mudança de padrão de beleza.


Nessa mesma linha vem a felicidade. O que entendemos por felicidade? Antes poderia ser “ter mais tempo para ficar em casa com minha família”. E depois dessa pandemia? Poderia ser “ficar mais tempo na rua com meus amigos”. As situações mudam e os padrões também. Voltando a falar em felicidade, as pessoas não curtem o momento presente e projetam suas frustrações para um lugar no futuro.


Quando se é jovem, pensamos que a felicidade será alcançada quando estivermos no colegial. Depois, quando chegarmos na faculdade, estágio, efetivação. Quando atingirmos um alto cargo na empresa. E depois quando nos casarmos, quando tivermos filhos, quando nos livrarmos deles. Depois são os netos e por fim quando nos aposentarmos. E quando finalmente chegarmos à aposentadoria não nos restará muitos anos para viver.


Percebem que a felicidade sempre está fora de nosso alcance? Há muito debato esse assunto e acredito que quem lê meus textos deve estar se cansando disso. Confesso que não consigo parar de falar nisso porque vejo pessoas sendo infelizes cada vez mais e buscando a felicidade que nunca chega.


Quando percebi que caia na mesma armadilha, resolvi mudar. Por que não ser feliz agora? E foi o que fiz. Todos os projetos que eu ia executar no futuro, quando tivesse mais tempo, eu trouxe para o presente. Encaixo no meu dia a dia momentos de felicidades e vou vivendo sem esperar o futuro. Dessa forma, se eu for chamado para fazer parte do outro lado, não restarão arrependimentos.


Que tal esse novo padrão de pensamento?


 

AUTORA BETÂNIA PEREIRA


Maranhense. Historiadora/Enfermeira. Colunista da revista The Bard. Participou de várias antologias poéticas e de contos. Escreve de forma artística desde que foi alfabetizada. Escreve poesias, prosas, textos de autoajuda, reflexões. Busca descrever todas as pessoas que rondam as vidas já vividas e as que ainda iremos viver. A história do cotidiano de todos nós.
 

CADÊ A INDIVIDUALIDADE?


No momento nenhum tema se torna mais interessante e instigante que a política. Política essa, que perpassa todas as esferas da vida cotidiana, sendo instrumento de ação e de transformação.


Tudo que se faz no cotidiano se utiliza a política. Desde cedo somos ensinados a pensar, escolher, decidir, votar. E isso nos torna capazes no meio social: de decidir e aprender com as decisões.


Um ato político imprescindível é o respeito à individualidade. Respeitar e ser respeitado na sua individualidade implica em escolhas conscientes, sem pressão, com clareza. Muito raro e necessário entre os seres, mas que deve ser refletido e executado com urgência. Digo mais ensinado desde a tenra idade, já que estamos formando seres sociais


Nada mais democrática e deliciosa que a liberdade de ser quem é! De decidir sem medo, poder voar sem as asas serem cortadas pelo vento impetuoso. Pelas correntes tempestivas e sem de repente ser jogado no vácuo. Tão difícil a aceitação do outro como ele é, como características inatas, que não podem ser modificadas (melhoradas sim). Difícil se enxergar e enxergar o outro como seres iguais, que devem ser respeitados nas limitações e alargamentos.


Quando a consciência do que é individual e coletivo aportam no ser, ele compreende como, porque e quando deve dirigir suas ações. Entender-se independente na sua individualidade e necessário ao coletivo é uma grande máxima da evolução humana. Precisamos mesmo é aprender a refletir e colocar em ação nossas reflexões.

A hora é essa, saibamos escolher de forma singular e plural.


 

AUTORA JOANA PEREIRA


O meu nome é Joana Pereira e sou autora no blog "Tem juízo, Joana!". Nasci em Lisboa e segundo as estrelas, sou Leão - ascendente Touro. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música e palavras. Gosto de ler e de escrever, acreditando ser na escrita que me torno mais consciente. Numa voz firme e rebelde escrevo entre o certo e o errado, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…
 

COMEÇOU O OUTONO EM PORTUGAL


Tal qual um ciclo,

As folhas desprendem-se

Morrem e caiem

Acompanham-nas as primeiras gotas de chuva

Com um rasto a terra molhada e folhagem


Na concha das mãos levam-se frutos secos, figos, nozes e afins

As castanhas impregnam o ar

Assadas com erva-doce

E água-pé a acompanhar


Vestem-se os primeiros casacos

Ainda com o mofo da gaveta,

De uma época inteira guardados

À espera que o São Martinho apareça.


Os rituais das bebidas quentes,

Chá de erva-príncipe

Camomila ou Lúcia-lima,

Chocolate quente e cafés adoçados

São os aromas que ficam no ar

Carregado de cores terra e vermelho-alaranjados


E a avó cozeu os marmelos

Na avantajada e antiga panela

Aromatizou o ambiente

Com o sagrado pau de canela.


 

AUTORA MIGUELA RABELO


Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
 

NOTAS SOBRE A SOLIDÃO


E com um livro de presente, ganhado de um querido amigo “A parte que me falta” que mergulhei mais profundamente na temática da solidão, me deparando com outra obra que reflete sobre ela: “O Dilema do Porco Espinho” De Leandro Karnal, onde me presente-ei.


A solidão… o que seria de nós sem ela e com ela? Com sua presença podemos nos imergir em pura melancolia pelo frio da ausência do outro… ou de nós mesmos… ou podemos nos encontrar diante ao eco dos nossos próprios vazios… onde podemos nos conhecer por completo… entender nossos medos, angústias e desejos… encontrar prazer em hobby onde desconhecíamos… ou que outrora ficara esquecido…


É na ausência da solidão podemos nos aquecer no calor da companhia do outro em meio a carícias e gargalhadas… ou feridos pelos espinhos das diferenças e estreitamento das relações, onde vivemos este aproxima e empurra dos relacionamentos… sem saber ao certo, qual é a distância certa…


Às vezes passamos a vida sofrendo pela solidão… E esquecemos que muitas vezes também apreciamos esta… E em outros momentos, entramos em estado de simbiose com o outro, na ausência dela… 


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


Lucélia Santos, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e mini contos infantis.
 

CAPTURE OS MELHORES MOMENTOS


Cada um de nós dá o que tem dentro de si. Alguns têm o dom de fazer as pessoas sorrir, outros fazem as pessoas chorar. Oferecem assim o que vem das profundezas do coração. 


Não cabe a nós fazer as pessoas mudarem, e sim, agir como adultos maduros o suficiente para filtrar somente o que nos faz bem e traz a paz interior, o que sobra, é resto, são sentimentos que não necessitamos focar para sentir a  felicidade plena.


Sejamos aquela câmera fotográfica que captura somente os melhores e lindos momentos, no nosso caderno de vida, vamos destacar o que nos fez sorrir, e o que aconteceu de ruim, marcamos como lição de vida para facilitar a nossa caminhada. Cada um de nós foi projetado pelo criador com uma incrível força interior para superar traumas, então precisamos olhar mais para dentro de nós e procurar conhecer cada pedacinho e acreditar que somos capazes de sempre seguir em frente com os mais doces sentimentos no coração. 


É importante pegar a borrachinha e ir apagando e corrigindo o que não queremos repetir no nosso trajeto de vida. 


A primavera chegou, e podemos nos juntar a ela para sermos flores que enfeitam a vida, doando sorrisos ao invés de mágoas, vingança ou raiva… 


Assim como sentimentos bons nos fazem viver mais felizes, sentimentos ruins adoecem quem os sente. 


 

AUTORA ARLÉTE CREZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas, todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
 

O PROPÓSITO DE CADA UM


Desde que se nasce, há discussões sobre o propósito da vida.


Muitas pessoas passam a vida toda questionando o porquê nasceram.


Qual o verdadeiro sentido de minha vida?


Questões estas que incomodam muita gente.


Já vi pessoas se desesperarem por não encontrarem um verdadeiro motivo para estarem vivas.


Mas qual o sentido de encontrarmos um verdadeiro sentido para nossas vidas, se for para perdermos tempo ou enlouquecermos com isso?


Analisando as pessoas que conheço, cheguei à conclusão que não encontramos nosso verdadeiro sentido de vida, por não escutarmos a nós mesmos.


Tentarei me explicar.


Conheço pessoas, que desde a infância brincavam de ser “médico de animais” e se tornaram grandes veterinários.


Outras brincavam de ensinar suas bonecas e se tornaram excelentes professoras.


Algumas adoravam escrever belíssimas redações na escola e se tornaram grandes escritores ou jornalistas.


Crianças que se expressavam de formas diferentes, parecendo sonhadoras, fingindo ser tudo o que não eram, se tornaram grandes atores.


Mas para que essas crianças pudessem ter esse sentido de vida, foi necessário terem o apoio familiar, e isso muitas vezes não acontece.


O bom é que crescemos e ao crescermos podemos tomar nossas próprias decisões.


Já vi muitas pessoas se formarem em profissões que eram o sonho dos pais, mas não delas e ao crescerem, buscaram realizar os próprios sonhos, independente de salários, pois muitas vezes os salários diminuem com a troca de profissão, mas a felicidade e paz de espírito aumentam.


Não damos ouvidos aos nossos dons.


Cada pessoa nasce com uma habilidade que se destaca. Coisas que gostamos de fazer e fazemos bem, mas que muitas vezes não percebemos que aquilo pode se tornar uma profissão, principalmente aos olhos dos familiares.


E fácil trocarmos de profissão, depois de tanto tempo fazendo a mesma coisa?


É claro que não, mas mais difícil é continuarmos infelizes por nos acomodarmos.


A vida é uma constante luta e busca pela felicidade, e merecemos ser felizes.


E quanto ao verdadeiro sentido da vida, é fazermos a nossa vida ter sentido.


 

AUTORA JOANA RITA CRUZ


Joana Rita Cruz nascida a 11 de março de 2002, é portuguesa e estudante de Engenharia Informática. Começou a escrever inicialmente no género de ficção com especial interesse em literatura fantástica, mas em 2015, escrever poesia tornou-se uma parte integrante da sua vida.
 

PRECES AO CALENDÁRIO


Quem me dera entender-me

Com o meu calendário

Do tempo, Por vezes,

Muitas vezes

Parece um larápio.


Rouba-me as horas

Elas passam a correr

Parecem até senhoras

Que vão apressadas

Para o comboio não perder.


E sobre os dias,

Penso que é sexta-feira

E vira tarde de domingo

Desejava uma semana inteira,

Mas tenho cinco dias de prejuízo.


Oh calendário,

De papel ou digital

Conta-me lá o porquê

De o tempo de um dia

Parecer acidental.


Planeio fazer tudo

E fica sempre algo,

Às vezes soa sortudo

Aquele que te tem vazio

Como o de um sedentário.


É que com todo o tempo

Eu fazia mil e uma coisas

Mas cada momento voa

Não me deixa nem um segundo

Para pensar em tanta coisa boa.


E se eu etiquetar tuas histerias

Lhes der significado

Pintar-te com umas cores giras

Dar voz ao tempo

E tarefas aos dias malcriados.


Talvez fique mais fácil,

Assim te comunico

O que quero fazer

Oh, dá me uma ajuda

Para o tempo fazer render.


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

O QUE SOMOS?


Posso sentir alegria e paz só de respirar… sim eu posso e isso me dá a força necessária que preciso a cada amanhecer.


Me renova as esperanças a cada cantarolar de um pássaro, o casulo se abrindo e a borboleta a sair bailando levemente pelo ar e só de apreciar um bem-te-vi tão próximo da minha janela já me pego a sair dançando e rindo à toa.


Gosto de cumprimentar quem vem ao meu encontro com o mais sublime "bom dia" para só sentir o quanto esse simples ato pode fazer tanta diferença. Porque desejar o que é bom volta até mim da maneira mais natural.


No sorriso de uma criança, naquela conversa gostosa com aquela pessoa que tanto tem para te contar da vida... só me faz bem e principalmente me passa amor e alegria.


E se tem aquele dia que não estou legal, que já despertei meio para baixo, lembro que lá fora tem algo de novo, do bem sendo preparado para mim e que devo manter o foco, a fé e a força de vontade para seguir.


Vou me deixar ser guiada pela minha esperança e por esse coração que bate no compasso da alegria que devo deixar sempre fluir pelo meu caminho.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
 

DESNUDAR-SE


Desnudar-se neste momento pode ser interpretado como um abrir-se para a vida. Vida que segue sem dar nós nos nossos destinos, nos vestindo de fluxos em movimentos contínuos, correndo soltos.


Aceitar-se, ser a sua mais bela contemplação, ser tão interpretativo nas entrelinhas, como uma grande obra de arte.


Desnudar-se gerando energias positivas por onde passar, com um bem-estar magnético e harmonioso, sutil como o amanhecer das flores, como um homem apaixonado ama, e olha para uma mulher de amor com uma força inexplicável.


Vamos dar as boas-vindas ao nosso desnudar-se, perdoando e renovando-se, como os brotos da primavera.


Desnudar-se é também aprender o que podemos ser, é gostar de olhar e imaginar o que tem por detrás das nuvens, sentindo que somos gente e que não importa se a felicidade sonhada estiver em algum momento, ausente ou presente.


Desnudar-se amando demasiadamente como o sol ama as luzes, que produzem em nossos olhares.


Desnudar-se uma, duas vezes como a esperança nos veste.


Que a cada dia, uma nova forma de desnudarmo-nos nos transforme em seres melhores, tecendo universos de poesias, de paixão e amor, de belezas e ecos, espalhando sensíveis felicidades em viagens do presente ao futuro!

 

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1 Comment


Stella Gaspar
Stella Gaspar
Sep 26, 2022

Eu escutei todos, não consegui deixar um comentário. Aqui o deixo dizendo que os textos estão com excelente nível de mensagem! Parabéns escritores amados 😍😍😍

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