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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 52 — 25/12/2022


 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.
 

NATAL, TEMPO DE PAZ?


Acho engraçado quando alguém faz um alarde nas redes sociais achando que está falando algo inédito. Como dizia Lavoisier “Nada se cria, tudo se transforma” e o Chacrinha aperfeiçoou para “Nada se cria, tudo se copia”.


Estou começando esse texto dessa maneira porque hoje vi uma mulher no Twitter fazendo um escândalo ao divulgar que na África ainda tem escravidão e que já faz 3 anos que vendem escravos por lá. Aí fiquei pensando… essa mulher não deve conhecer a história. Será que ela sabe que a venda de escravos começou justamente na África e que os próprios negros vendiam outros negros para trabalhos forçados em outros países?


Essa mulher no Twitter é negra e deve pensar, como a maioria, que a culpa pela escravidão é exclusiva de brancos.


Quando os europeus vieram colonizar as Américas necessitavam de mão de obra barata para o cultivo da cana-de-açúcar e outras culturas. Eles compravam escravos na África que eram fornecidos por negros.


Há muitos séculos tem se atribuído à classe branca a responsabilidade do extermínio da raça negra e isso não é bem verdade. O ódio existe de todas as formas: brancos que odeiam negros, negros que odeiam brancos, brancos que odeiam brancos, negros que odeiam negros, brancos que odeiam índios e a lista vai longe.


Em 2.008, no Congo, houve um dos maiores massacres na véspera de Natal. Joseph Kony, de Uganda, fundou um grupo paramilitar para combater o governo de seu país em 1.987.


Em pouco tempo tinha mudado seu objetivo e estava atacando o próprio povo dizendo estar purificando-os. Quando o grupo foi perseguido pelo exército, se mudaram para o Congo e lá praticaram as maiores atrocidades já vistas, atacando aldeias na véspera do Natal de 2.008, assassinando milhares de pessoas das formas mais cruéis: torcendo pescoços, cortando lábios, degolando.


Mulheres e crianças eram estupradas e depois mortas. Muitas crianças foram sequestradas e treinadas para aumentar o exército de Kony que, até hoje, encontra-se foragido.


E isso é apenas um exemplo do ódio que existe no mundo e que a maioria desconhece. Escravidão é um problema, sim, mas pode não estar no topo da lista.


Tenham certeza de que a escravidão nunca acabou. Não acredite em tudo que lê nos livros de história.


 

AUTORA MIGUELA RABELO


Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
 

MENSAGEM DE NATAL


Poderia ser um sábado qualquer, mas era véspera de Natal. E normalmente para as demais famílias, se reúnem para ceia natalina. Um momento oportuno para fazerem as pazes das diferenças de outrora..., mas que infelizmente, isso nem sempre acontece. Minha família, tanto materna, quanto paterna, também mantém esse hábito da confraternização e geralmente bastante animado. Eu sempre me sentindo deslocada nestes eventos, mesmo assim queria estar ali no meio deles... Depois que meu filho nasceu, idealizei que teria um modelo de família ideal ou algo parecido com o que tinha na minha família... ter essa fantasia frustrada foi decepcionante... e diante as tensões e diferenças, uma separação era a melhor saída. Meses depois veio o diagnóstico de autismo e junto veio um luto, decepção, estado depressivo e muita luta posteriormente. No entanto, sempre carreguei o pesar de não poder ou conseguir estar em família e até tentei em diversos momentos fazer isso acontecer, porém, foi um desgaste em vão... Entretanto, com o passar do tempo e das tentativas frustradas, percebi ser inútil sofrer em nos encaixar em um formato que não nos cabia... por isso, pouco a pouco fui me desapegando desta fantasia. E por isso, nossa noite de Natal, foi como qualquer outra... imersos nas rotinas, ele com crises de cólicas, alergia, dificuldade para dormir... e uma vocalização persistentes, como quem tentava me dizer algo que não compreendia... aquilo doeu muito... apenas queria entender o que ele estava sentindo... sem pretensões que ele falasse para me contar histórias ou como havia sido seu dia... ou até mesmo um "mamãe", que tanto sonho… queria apenas que ele conseguisse me dizer o que sentia ou onde doía...


Então, depois de muito custo, ele enfim dormiu no sofá e carreguei ele para sua cama, fiz minhas orações, me despedi e fechei a porta... ainda sentada no escuro, não acreditava que já era Natal... Respirei fundo, acendi a luz da cozinha, tomei minha capsula de melatonina para ajudar o sono a vir e abri a geladeira... peguei a garrafa de cooler rosé que havia comprado para meu natal, e assim abri e bebi vagarosamente mais da metade da garrafa enquanto revia ao “Fabuloso destino de Amelie Poulain” que é em si um belo presente de natal, tanto em enredo, imagens, interpretações e trilha sonora.


Logo após o filme, apaguei na cama com o corpo já anestesiado de exaustão. Durante a madrugada, ouvi gemidos e levantei. Era meu filho que estava contorcido na cama, e por isso fui ajeitá-lo. Quando retornei para o quarto, vi que o dia já clareava antes das 6 h da manhã. Então, parei para olhar o céu e no final do horizonte uma luz branca brilhava de forma intensa. Percebi que não era estrela, nem luz de torre, e também não era avião, pois estava estacionada. No entanto, logo começou a se mover, o que me assustou. Corri para filmar e consegui registrar apenas um frame e assim a luz partiu fazendo uma conversão a direita e com luzes vermelhas piscando.


Voltei a deitar assustada e por isso custei a dormir... quando de repente percebo uma claridade ofuscar meus olhos... quando abro, percebo vultos em minha frente murmurando vozes incompreensíveis. Entro em estado de choque, não consigo dizer nada, entrando em paralisia diante a cena que presenciava os meus olhos.


Então percebo um dedo longo, fino e gelado tocar minha testa e onde recebo ondas sonoras percorrer todo meu corpo e um diálogo começa a ser declamado dentro da minha mente:


--- Estamos há milhões de anos acompanhando e estudando a Terra, este planeta, magnifico, rico em belezas naturais e diversidades culturais. Vocês terráqueos com tanta riqueza se perdem em meio a ganância, mesquinhez, arrogância e infelizmente tanta maldade. Passaram por tantas guerras, epidemias e uma pandemia que devastou seu planeta e ainda, sim, perduram com comportamentos tão maléficos a vocês mesmos e ao seu habitat. Hoje para vocês cristão é considerado um dia de festa, pois é celebrado o dia do Salvador, que tanto amor pregou. E onde está esse amor que ele disseminou há quase 3.000 anos?


---Ele deixou uma mensagem de amor e doação com a entrega da sua vida na cruz em nome do amor a vocês... Onde está esse amor?


Estava em choque e paralisada, onde não conseguia abrir a boca para dizer absolutamente nada... então a voz continuou.


--- Eu respondo, onde está esse amor: Ele se encontra em meio de cada tempestade e tormentos que passes, em cada pessoa que te machuque, em cada coração que necessite do seu abraço, em cada olhar que clama por um acalento, cada voz que não é proferida, mas que no silencioso gesto diz muito mais do que possam imaginar.


--- Uma filosofia estoica lhes foi presenteada em conjunto com as demais provas que a vida lhes dá para ser aprovados nesta existência. Entretanto, enquanto vocês meros terráqueos, grãos de poeira cósmica se acharem donos do universo, mas distantes estarão da necessária evolução.


Então, o vulto se afasta e a luz se apaga... fico deitada, estática, com os olhos vidrados, sem entender que mensagem foi aquela ou se foi de fato apenas um sonho... enquanto isso o sol já surgia no horizonte e os pássaros anunciavam que já era Natal.


 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
 

SÃO TANTOS DESEJOS...


Desejos plantados em nossos corações, como o milagre de todas as estações.


Desejos que brotam em jardins com folhas verdes de felicidades, que a arte da natureza vai nos presenteando.


Sem dúvida, nos fortalecemos quando realizamos desejos conquistados no presente e continuados no futuro.


Desejar é uma força interior que nos desnuda, revelando nossos mundos com vontades de superarmos os mistérios que não entendemos nesta vida.


A cada momento, podemos escutar uma música, admirar uma perfeita obra de arte e desejar que um poema nos inspire.


São tantos desejos, nascidos.

Um modo maravilhoso de viver

Desejar e sonhar

É como uma chuva em uma paisagem de sol.


Desejos são inspirações e por que não dizer: são essências que fluem e que circulam em nossos pensamentos cheios de perseveranças e resiliências, são ritmos que se modificam de acordo, com nossos momentos em tempos diferentes.


Desejar é uma arte humana necessária e livre, pois cada um deseja o que o movimento particular da vida o (a) convida.


 

AUTOR JOSÉ JUCA P SOUZA


José Juca P Souza, professor, ator, psicopedagogo, analista de sistema, ambos por formação acadêmica… Desde pequeno imbuído nas artes, com o desenho. Como profissional, agente administrativo no Ministério da Agricultura, técnico em edificações na Companhia Energética de Brasília. Assim segue, vendedor de tudo na infância (“triste realidade”), almoxarife, gerente lojista… Em seguida, veio o teatro, com poucas temporadas, lecionou artes na escola pública do DF, estando até hoje, trabalhando com informática, afastado de sala de aula… Embora escreva desde criança, com textos engavetados… Se reconhece poeta em um concurso para novos poetas, em 2019, classificado e publicado em uma determinada editora. Hoje providencia seu primeiro livro.

 

NÃO SOU UM HOMEM DE FÉ


Concretizo que não sou homem de fé…

Este é o dia da infelicidade feliz,

dia que não tenho ninguém,

dia que não vejo ninguém,

dia que não convivo com ninguém,

Concretizo que não sou homem de fé…

dia de boas lembranças,

lembranças de grandes reuniões,

lembranças de muitas comemorações,

lembranças de queridos que não voltam mais.

Concretizo que não sou homem de fé…

Saudades de dias atrás,

dias que não tinha que escolher,

escolher onde estar ou permanecer.

Concretizo que não sou homem de fé…

dia que há muito perdeu encanto,

dia que há muito não tenho pranto,

dia que há muito não cultuo santo.

Concretizo que não sou homem de fé…

Hoje é dia de ser feliz,

descobri que está em mim,

Em mim, tudo transformo assim…

Pesquiso, leio, escrevo, penso com frenesim…

Tento respeitar e entender os próximos a mim…

Do passado, aos dias de curumim…

Concretizo que não sou homem de fé…

Acordo arrebatado a lá crer,

Sigo arrebatado a lá platão,

E arrebatado, vou do frio ao calor,

E arrebatado, termino da paixão ao amor.

Concretizo que não sou homem de fé…

Mas acendo vela votiva,

E recito o poema “pai nosso”.

Refletindo cada verso, cada palavra, cada expressão…

Pensando com o coração…

E percebo…

Não sou homem de fé!


 

AUTORA JOANA PEREIRA


O meu nome é Joana Pereira e sou autora no blog "Tem juízo, Joana!". Nasci em Lisboa e segundo as estrelas, sou Leão - ascendente Touro. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música e palavras. Gosto de ler e de escrever, acreditando ser na escrita que me torno mais consciente. Numa voz firme e rebelde escrevo entre o certo e o errado, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…
 

Estrangula-me o peito

A Saudade

Arde, em dor

Luzes por toda a parte

Os abraços

Aquecidos

Família

Onde estás tu?

Vazio

Escuro

Recordar

Amargo

Pranto salgado

Agridoce

Fazes-me falta!

Canela

Arroz-doce

Natal desguarnecido

O teu riso

Promete continuar

Eterna saudade

Estrangula-me o peito


 

AUTORA BETÂNIA PEREIRA


Betânia Pereira, historiadora/enfermeira, colunista na Revista The Bard. Participou de várias antologias poéticas. Escreve desde que aprendeu a escrever. Escreve poesias, prosas, textos de autoajuda, reflexões. Escreve sobre todas as pessoas que rondam as vidas que viveu e as que ainda viverá.

 

NATAL TODO DIA - EM CORES E TRANSPARÊNCIAS


Nesses dias de cores e muitos amores, fujamos das convenções e sintamos! Experimentar e experienciar ainda são a melhor forma de viver feliz. A vida não tem receitas prontas. Mas deixa, pistas para serem utilizadas na caminhada! Reflita sempre e use a sabedoria para fazer aquilo que faz sentido para você.


Na caminhada:

Beba! Todas as taças possíveis, deguste sabores, se lambuze por vezes. Experimente, mas não vicie. Vá tomar sol, fique nu, escancare a alma, seja translúcido, transparência. Ah! Transparência necessária.


Busque! Busque aceitação de si e não que o outro te aceite. Viva o ser que há em ti. Viva o livre! Busque e deixe pistas, alguém as usara perfeitamente. Busque um amor que arde no peito, que te jogue no ar, balance a alma. Que fuja do normal!


Solte! A mão que aperta, o coração que prende, os braços que amarram. Fuja de falsas ilusões, promessas tolas, figurinhas repetidas, jogos sem estímulo. Se perca! Em amores reais, viagens sólidas, mares de águas cristalinas. Em olhos diversos, em bocas doces.

Não minta. Não finja. Não sofra. Seja. Queira. Beije. Ame.


Faça! Aquilo que vai se arrepender e o que não vai também Volte quantas vezes for necessário. Viver é isso! Fazer e refazer, caminho de perfeição. Aprenda vivendo, seja sábio para colher.


Durma! O dia inteiro, após ver o sol nascer(não tem coisa melhor). Mate a insônia de sono!


Chore! Chore muito ou pouco quanto for necessário, mas não esqueça que a vida é a festa que você fizer, não permaneça por muito tempo aí.


Faça aquilo que faz sentido para você!


Adrenalina! É disso que precisamos!


Não chore sobre o formigueiro, dance sobre ele!


Ecoe sentidos!


 

AUTORA ARLÉTE CREZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

EU ACREDITO EM PAPAI NOEL


Chegou o Natal. A cidade se torna um pouco mais iluminada com os pisca piscas e as pessoas dão a impressão de se tornarem mais humanas.


Final de ano é motivo para fazerem caridades para que possam se sentir melhores com a fartura que terão em suas mesas nas noites de festas.


A figura tradicional do bom velhinho vestido de vermelho é vista por toda decoração. Os Papais Noéis de plantão são frequentes em shoppings e centro da cidade.


Mas afinal quem é Papai Noel?


Um velhinho simpático, de riso fácil e coração generoso, que leva um sorriso aos rostos das crianças e adultos.


Infelizmente este Papai Noel só aparece uma vez ao ano.


Mas e os outros Papais Noéis que surgem no decorrer dos trezentos e sessenta e cinco dias?


Aqueles que contribuem para que famílias consigam um alimento todo mês, que pessoas se agasalhem no inverno e se refresquem no verão?


Estou me referindo aos Papais Noéis de todas as idades e que se vestem com as mais variadas cores.

E não só aqueles que dão presentes, mas também aos que se fazem presentes.


Aos que dão um ombro amigo para que alguém se console, aquele que empresta os ouvidos para que alguém desabafe, a mão amiga que ajuda uma idosa a atravessar a rua.


Todos aqueles que também trazem um coração generoso dentro do peito e levam um sorriso a um desconhecido.


Os Papais Noéis que conhecem verdadeiramente o Espírito do Natal.


E não podemos nos esquecer do Papai Noel que nos deu o mais valioso presente, a vida e nos ensinou a amar, Nosso Jesus Cristo.


Que consigamos fazer ser Natal todos os dias do ano. Que o amor e a generosidade ensinada pelo menino Jesus, permaneçam e aumentem a cada dia.


Que possamos ser sempre Papais Noéis e que tenhamos também muitos deles em nossas vidas.


Um Natal abençoado e cheio de Papais Noéis na vida de cada um.


 




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