AUTORA ARLÉTE CREAZZO
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
É FALANDO QUE A GENTE SE ENTENDE (OU NÃO)
Dizem que para bom entendedor meia palavra basta, mas não é isso o que ocorre se resolvermos conversar usando palavras de nossa língua portuguesa.
Poderemos inclusive criarmos alguma briga caso a palavra não soe corretamente com aquilo que tentamos dizer.
Se tiver proficiência e me tornar asseclas, com palavras exíguas, me tornarei filauciosa aos meus audientes.
Com certeza me acharão loquaz e cuntatório para expressar palavras que serão recônditas aos expectantes que me observarão como se tivesse um verdadeiro vitupério.
Por mais jocoso que seja meu relato, se tornará fastidioso para os que se tornam apedeutas perante minha narração um tanto quanto prolixa.
Embora meus vocábulos sejam verossímeis, me verão como um verdadeiro aldrabão.
Ou seja, criarei alguns inimigos.
Mas se tiver a capacidade de seguir normas sem tanta rigidez, com palavras suficientes, não parecerei presunçosa aos meus ouvintes.
Com certeza tagarelarei com demora em minhas palavras para que não fiquem ocultas aos que me ouvem e não me observarão como se quisesse ofendê-los.
Poderei contar minhas histórias com alegria, pois não se tornarão cansativas, fazendo com que todos as entendam, mesmo que eu fale demais.
Minhas histórias serão verdadeiras e não me verão como uma pessoa mentirosa.
Afinal, se para bom entendedor meia palavra basta, para um mal entendedor meia palavra é b...
AUTOR LUIZ PRIMATI
Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.
SOB A ÁRVORE DO CONHECIMENTO
Em nossa espiral da existência, frequentemente nos perdemos nas trivialidades do cotidiano, esquecendo-nos de que já se passaram 100 semanas desde que embarcamos no semanário de nossas reflexões. Você, estimado leitor, degustou mais de 500 dessas reflexões ao longo destas semanas. Já parou para refletir sobre o que aprendeu com essa diversidade de pensamentos?
O verdadeiro sábio é aquele que, imbuído de conhecimento, reconhece a vastidão do que ignora e, assim, segue sedento por mais sabedoria. Em contraste, o pretensioso que se vangloria de saber tudo, na realidade, fecha os olhos para o fato de que somos meros grãos de areia no vasto deserto da existência.
Só o Criador, arquiteto de todo o universo, detém o privilégio de tudo saber. Nós, meros mortais, devemos encarar o conhecimento como uma estrada perpetuamente em construção, percorrendo-a até que nossas forças nos abandonem.
Acredito firmemente na máxima de que "o que realmente importa é a jornada, e não o destino". Para evoluir nesta longa estrada do saber, é essencial absorver cada detalhe do caminho. Cada pessoa que encontramos tem uma lição a nos ensinar - esteja atento a tudo e a todos.
Refletindo sobre nossas 100 semanas de introspecção, espero sinceramente que a Valleti Books tenha contribuído para o surgimento de uma sociedade mais crítica, criativa, independente e, sobretudo, opinativa. Nosso objetivo aqui não é moldar pensamentos ou comportamentos, mas sim despertar a curiosidade e a abertura para novas ideias, desafiando a influência massiva da mídia que, muitas vezes, tenta nos coibir de pensar por nós mesmos.
Lembre-se: quem não exerce o pensamento crítico, torna-se prisioneiro da própria inércia mental. Reflita sobre isso.
Agradeço a todos os leitores!
Que venham mais centenas de semanas de reflexões, e que cada frase nos inspire a melhorar nossa jornada e a daqueles que nos cercam.
AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
TEMPO
Tempo...
Por que correste tanto?
Levando tão depressa
Os dias que mal vivi?
As horas que nem percebi
Que passaram e para longe
Levaste sonhos e desejos?
Tempo...
Por que assim deixaste abater
Os encantos da bela infância
Dando lugar às amarguras da vida?
Queria poder continuar parada nesse
Belo momento da vida
Apreciando as cenas da inocência
Em que os sorrisos eram verdadeiros
Cânticos de um coral de anjos
Ao redor do quintal de terra
Tempo...Ah! tempo
Cruel e imponente
Não se preocupa com sentimentos
Nem tão pouco com o nosso coração
Mas talvez seja melhor assim
E o que falta é uma melhor compreensão
Da nossa parte com você
Porque esse relógio biológico
Que você controla
Também faz a vida aprender a andar
Com suas próprias "pernas"
Para cada momento percorrido
Valer a pena
Impulsionando para um futuro melhor...
AUTORA BETÂNIA PEREIRA
Betânia Pereira, historiadora / enfermeira, colunista na Revista The Bard. Participou de várias antologias poéticas. Escreve desde que aprendeu a escrever. Escreve poesias, prosas, textos de autoajuda, reflexões. Escreve sobre todas as pessoas que rondam as vidas que viveu e as que ainda viverá.
SEMPRE SOBRE INICIATIVAS
Quando tomamos consciência de que nada é eterno, percebemos o quão é importante viver bem: refiro-me a fazer o que realmente te faz feliz, não porque o outro quer, pediu, necessita. Porque alguém ditou regras de bem viver, baseado em suas próprias vivências. Receitas prontas não nos servem, precisamos dar o nosso próprio toque para ficar na medida exata. Só então passamos a avaliar nossas limitações e dilatamos as nossas potencialidades. Descobrimos nossas capacidades e até onde podemos ir e como podemos, que figurino nos cabe e de que forma usá-lo.
Iniciar ou continuar, é sempre sobre iniciativas, se continuo considerando que não sou capaz, não serei mesmo. Para dar passos, temos que acreditar. A decisão de colocar os dois pés é sempre nossa, o insight pertence a nós individualmente.
Iniciar etapas, independente de marcos temporais, é levantar-se e andar, tirar as vestes, contemplar a nudez e buscar aquela roupagem que se adequa a teu ser agora e que te fará bem para os próximos momentos. Impressionante como passam anos e saem anos e as pessoas ainda acreditam em “achismos” de frases feitas.
Vamos nos permitir. Vamos acreditar em nós, os melhores encontros são aqueles que acontecem quando estão seguros de quem somos e do que queremos. O melhor encontro nessa estrada é aquele que acontece entre você e seu eu, algo de extrema necessidade. Hoje é fundamental o autoconhecimento para adquirir autoamor, autoconfiança, autoestima e tomar decisões coerentes.
Os melhores encontros acontecem quando o sol entra e se faz lua em nós.
Vamos?
AUTORA ALESSANDRA VALLE
IG: @alessandravalle_escritora
Alessandra Valle é escritora para infância e teve seu primeiro livro publicado em 2021 - A MENINA BEL E O GATO GRATO - o qual teve mais de 200 downloads e 400 livros físicos distribuídos pelo Brasil. Com foco no autoconhecimento, a escritora busca em suas histórias a identificação dos personagens com os leitores e os leva a refletir sobre suas condutas visando o despertar de virtudes na consciência.
ESCREVER 100 VEZES
Me peguei pensando que a editora Valleti Books proporcionou cem vezes a oportunidade de escritores apresentarem suas reflexões neste caderno.
A honra de poder participar de um grupo coeso que se destina a fomentar a literatura neste país é para poucos.
Não porque a editora limita a quantidade de escritores participantes ou porque impõe um número máximo de caracteres nas obras apresentadas, muito menos porque exige contraprestação monetária dos escritores para participação.
Nada disso aconteceu nas 100 edições deste caderno reflexivo.
É para poucos porque todos que aqui estamos, escrevendo, editando, divulgando, compreendemos que a escrita é uma jornada íntima, onde as palavras se transformam em pontes que conectam mentes distantes.
Na tela em branco, nós moldamos nossos pensamentos, dando vida a mundos imaginários ou compartilhamos experiências reais.
Sabemos que cada frase é um convite para que os leitores explorem nosso universo interior.
Conectamos nossas mentes 100 vezes através de nossa escrita e expressamos a complexidade da emoção humana, capturando nuances que escapam à fala.
Construímos 100 laços invisíveis entre os escritores e os leitores neste caderno.
Só posso concluir que na arte de escrever, encontramos neste caderno de REFLEXÕES, o poder de influenciar, inspirar e, acima de tudo, provocar 100 vezes reflexões que transcendem estas páginas.
E assim chegamos na edição de Nº 100! Se você que lê este caderno nos acompanha desde a primeira edição, então você já leu algo equivalente a 2 livros inteiros. Obrigado por nos ler! 😊