AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.
ETERNO AMOR MATERNAL
Busco compreender por que as mães partem. Mesmo maduros, mesmo após termos compartilhado incontáveis momentos, a falta que uma mãe faz jamais é suprida.
Aquela que nunca se esgota, que ama incondicionalmente, que se entrega sem limites. A mãe que suporta em silêncio, que possui uma fortaleza incomparável.
Ela que não sente o frio, que não conhece o medo, que parece nunca precisar de descanso. Aquela que não se perturba com a chuva, que não se abala quando a luz enfraquece, nem quando o vento uiva.
De suas mãos surge o sustento, em seu abraço, o conforto. Ela transforma dor em esquecimento, e faz da felicidade um estado eterno.
Até mesmo Deus, ao contemplar a perfeição de sua obra, escolhe levar consigo todas as mães. Seria isso um ato de egoísmo?
De todas as paixões que já vivi, apenas uma se revela pura e perene: meu amor por minha mãe.
AUTORA ARLÉTE CREAZZO
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
AGRADEÇO À VOCÊ, MÃE
Agradeço a você mãe, pelas noites em claro que ficou ao meu lado quando eu ficava doente.
Agradeço por todos os sim e não, embora ainda acredite que alguns nãos eram discutíveis.
Por estar em casa quando saia para escola e por estar lá quando regressava.
Pelos bolinhos de chuva nos dias frios e molhados.
Por me ensinar brincadeiras novas como: passa manteiga, três mocinhas da Europa e passa anel.
Agradeço a você mãe, por permitir que eu fosse sempre bem-vestida para as festinhas, com as roupas lindas que fazia com retalhos de roupas velhas ou cortes de tecidos que eu ganhava de presente em meus aniversários.
Agradeço por seu sorriso, mesmo quando as coisas eram difíceis e você não deixava transparecer.
Pelos sacrifícios que fez e as coisas que abriu mão.
Por se manter firme ao meu lado para que meu coração se aquietasse, mesmo que o seu estivesse em pedaços.
Pelo apoio que era possível ser dado.
Agradeço a você mãe por ensinar que honestidade vale a pena, mesmo que nem todos pensem iguais.
Por me mostrar que eu não sou todo mundo, e acreditar em minha individualidade.
Que amar é importante e família é o nosso bem mais precioso.
Agradeço a você mãe por ser a mulher que é, e principalmente pela mãe que se tornou.
AGRADEÇO AOS MEUS FILHOS
Agradeço aos meus filhos por me tornarem mãe.
Por me ensinarem que o amor não se divide, se multiplica.
Por me renovarem a cada dia, me trazendo para modernidades que nunca imaginei conhecer.
Agradeço aos meus filhos por me mostrarem que mãe nem sempre tem razão e que podemos aprender muito com os jovens.
Agradeço pelos sorrisos sinceros e abraços apertados.
Pelas poucas noites mal dormidas, já que pouco trabalharam me deram neste sentido.
Por aprender que sofrer por um filho dói mais do que sofrer por mim mesma, e entender o que meus pais viveram por mim.
Agradeço pelas primeiras palavras, primeiros passos, primeiro mamãe eu te amo, mesmo que trocando ou faltando algumas letras.
Pelo primeiro bilhetinho escrito e o primeiro presentinho de Dia das Mães, dado com o dinheirinho que juntaram.
Por aceitarem minha insanidade infantil, não se envergonhando de mim.
Agradeço aos meus filhos por me fazerem compreender cada sentimento vivido por minha mãe, e que eu pudesse também os viver.
Agradeço por serem diferentes de mim e assim poder ter visões diferenciadas da vida.
Pelos puxões de orelha que me deram e pelos olhos que me abriram.
Agradeço aos meus filhos por terem se tornado pessoas de bem, fazendo com que o Dia das Mães seja um dia de orgulho.
AUTORA MIGUELA RABELO
Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
A CULPADA: "FILHO DA MÃE"
Se o filho vai mal na escola, está mal vestido ou cria problemas, a culpa é delas. Se o pai é omisso, ausente ou agressivo, a culpa da escolha infeliz também é delas. Se a criança passa mal, não alcança o desenvolvimento esperado, não tem os devidos diagnósticos ou tratamentos, a culpa sempre será delas.
Se essas mães não suportam o peso e desabam, a culpa também é delas, por não suportar o que de fato deveria ser natural e nato. E quando essas mães desertam… a culpa do futuro incerto destas crianças será eternamente destas mães ausentes…
Esta noite passada, muitas mães partiram, e uma em específico tentou, mas sem sucesso, ir… felizmente. E isso nos leva a pensar: o que levaria uma mãe a desistir, já que a maternidade costuma ser o topo da vida madura de uma mulher?
Porém, o que muitos não sabem e o que também não é divulgado na mídia é quantas pressões, cobranças, frustrações estas mães sofrem. Não existem formações para maternidade, somos apenas eleitas em um dia qualquer, esperado ou não, recebemos o título de mães. E assim, nos deparamos com inúmeras demandas que não tínhamos a noção real da forma como realmente são…
Sendo assim, elas (me incluo) nesse processo convocadas a tomar posse e assumir uma função que se desdobra em incontáveis outras que não tínhamos o mínimo de conhecimento… mas que, no entanto, somos intimadas a apreender a lidar com maestria que incluem culinária, serviços domésticos, enfermagem, conhecimentos de medicina, professora, terapeutas, psicólogas e saberem dar afeto, que nem todas tiveram ao longo de suas vidas.
A escassez de amor sempre terá seu peso de alguma forma neste processo que podem oscilar da rispidez nesta educação, a super proteção e excesso de cuidados e “maternalismo” excessivo(paternalismo), que naturalmente provoca a cegueira diante ao óbvio que os filhos fazem que nem sempre são ideais de conduta. Por isso, a ausência de afetos causa um abismo de discrepância de comportamentos que influenciam diretamente na maternidade e no fruto desta experiência.
Então a maternidade está longe de ser a plenitude do paraíso feminino, pois sim existem aquelas que abdicam desta “dom natural” e assim, são julgadas e criticadas como egoístas, pensando só em si mesmas… e existem as que desejam e não podem, vivenciando um luto pelo desejo na realização do ideal da mulher madura, permanecendo no limbo da escolha da maternidade fraterna ou não, pelos diversos “se’s” que encontram no meio desta caminhada…
E existem as mães atípicas que são anunciadas durante a gestação e lidam com esse luto ao longo deste período e outras que de um dia para o outro recebem o diagnóstico de seus filhos atípicos e se encontram sem chão… onde umas assumem a luta depois de certo tempo de luto e outras tentam passar uma vida fugindo da realidade…
No entanto, a maternidade é plenitude e dádiva de Deus em poder ser alimento, abrigo, afeto, proteção, cuidado, desenvolvimento destas crianças que a cada sorriso e avanço as motivam a seguir em frente, mesmo depois de uma noite inteira em claro. Ser mãe para estas crianças, independente qualquer circunstância fazem para elas a vida valer a pena… e quando elas se ausentam, deixam um vazio… como tais.
AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
DESPEDIDA SEM ADEUS...
Não lembro do dia no calendário...
Tão pouco do ano...
Tudo daquele dia se apagou.
Só não se apagou o momento em que recebi a notícia.
Foi de um jeito estranho.
Do jeito que mais dói.
Sem piedade.
"Se foi, num acidente. Sofreu por uns instantes e depois partiu"… foi o que disseram.
Eu não quis acreditar na hora.
Mas tive que ir aceitando aos poucos.
E dessa forma você partiu, meu primo querido.
Um ser único, amigo e companheiro.
Sempre com bom humor, prestativo.
Nos fins de semana em casa era festa com você.
Ouvindo "Leandro e Leonardo", gostava de preparar pastéis...
Vivemos bons momentos.
Ainda sinto sua presença.
Mas a dor da despedida sem adeus,
É intensa… sem fim.
(Em memória de Davi)
AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
MÃE
Mãe é ternura,
É renúncia,
Entrega,
Doação,
Abnegação.
É vínculo perfeito de amor,
É cuidado protetor.
Independente da idade do filho
Sempre haverá preocupação,
Desde a gravidez
Inicia a sua dedicação.
Na adolescência, os conselhos se intensificam:
Fique longe de brigas!
Evite as más companhias!
Foque nos estudos!
Lembre-se disso todos os dias.
Ser mãe é ter amor sublime,
Incondicional.
O cordão umbilical
É cortado ao nascer,
Mas o amor perdura
E tende a crescer.
Mãe é colo,
É brisa que refrigera.
É o lindo pôr do sol
Que deixa a vida mais bela.
Mãe é oceano de amor
Que transborda no coração.
É fonte de carinho e alegria,
É a mais linda poesia.
AUTORA ALESSANDRA VALLE
Alessandra Valle é escritora para infância e teve seu primeiro livro publicado em 2021 - A MENINA BEL E O GATO GRATO - o qual teve mais de 200 downloads e 400 livros físicos distribuídos pelo Brasil. Com foco no autoconhecimento, a escritora busca em suas histórias a identificação dos personagens com os leitores e os leva a refletir sobre suas condutas visando o despertar de virtudes na consciência.
MÃE
Toda mãe merece o céu, mas também precisa conhecer o inferno para descobrir que pode escolher estar onde quiser.
Toda mãe precisa mostrar sua falibilidade para ter coragem e solicitar apoio na jornada exaustiva.
Nem toda mãe precisa de muitos filhos, pois cada ser por ela cuidado é um universo completo e vale pela humanidade toda.
Toda mãe experimenta dores da alma com mais intensidade, pois tem a virtude do altruísmo bem desperta na consciência.
Cada mãe tem sua característica, às vezes, mítica, alienígena, fantasma, monstro, ciborgue, mas toda mãe é ser DIVINO.
O que seríamos sem mãe?
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