AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.
CHEGANDO AO CUME
Ah, o cume da montanha, sonho inalcançável que por tanto tempo persegui. Anos difíceis se passaram, e por vezes, acreditei que jamais tocaria o céu com as mãos. O desânimo, como um visitante indesejado, bateu à minha porta inúmeras vezes, quase me convencendo a desistir. Mas uma voz persistente, teimosa, sussurrava que eu conseguiria.
Eis-me aqui, sem compreender exatamente como alcancei este topo. A vista, magnífica, desenrola-se diante de meus olhos. Horizontes longínquos, vales profundos e montanhas infindas se revelam, um espetáculo que ofusca meus sentidos. Respiro fundo, o ar puro invade meus pulmões, uma dádiva que me renova. O silêncio é minha única companhia, e nele, o eco de meus pensamentos reverbera incessantemente.
Mas então, a realização fria e cortante: de que vale ter conquistado tudo, ter chegado ao ápice desta majestosa montanha, se não tenho você ao meu lado? Meu coração, antes exultante, agora se enche de uma tristeza esmagadora. Lágrimas brotam, escorrem como rios silenciosos, marcando meu rosto com a dor da ausência.
Agora compreendo, com uma clareza dolorosa, que este topo só teria sentido se você estivesse aqui, compartilhando comigo cada triunfo, cada beleza que os meus olhos vislumbram. Sem você, todo este esplendor se torna vazio, uma conquista sem alma, uma vitória sem alegria.
Ah, se ao menos pudesse te ter aqui, este cume não seria apenas o fim de uma jornada, mas o começo de um sonho compartilhado.
AUTORA SIMONE GONÇALVES
SIMONE GONÇALVES, poetisa e escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
NA COMPANHIA DOS MEUS PENSAMENTOS
Às vezes, preciso ficar só.
Apenas na companhia dos meus pensamentos.
Mergulhar em ondas do passado,
Que ainda insistem em me arrastar
Para um passado cheio de fagulhas,
Das quais ainda não me libertei.
Momentos da infância que talvez estejam incompletos,
Por choros da perda de um brinquedo
Que ainda me faz falta.
Ou aquele outro que meu pai nunca conseguiu comprar.
Por perdas humanas que nunca compreendi.
Por que aquele rosto no caixão estava com tantas cicatrizes?
E por que aquela criança se foi como um anjo?
Ah, e ainda é tão difícil compreender porque os momentos incompletos, nunca consegui ver o final... Por que mamãe sofre tanto?...
Eu sinto que talvez nunca terei respostas para tudo isso e algo mais que insiste em me atormentar.
E por isso quero sempre poder ter na companhia dos meus pensamentos,
Momentos que me fazem refletir e aprender,
Entre ganhos e perdas,
Tudo que faz parte da minha história
Nessa vida...
AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
SONHO
Ter objetivos,
Traçar metas,
Focar, acreditar,
Agir e perseverar.
Dessa forma o sonho se realizará.
Jamais pense em desistir,
Obstáculos aparecerão
Para fazê-lo fraquejar.
Mas a perseverança é essencial,
Firme-se nela para não desanimar.
Assim, seu sonho se concretizará.
Alimente seu sonho diariamente
Com doses de fé, persistência,
Força e resiliência.
Assim, chegarão os dias de glória,
Pois é certa a vitória.
AUTORA LUCÉLIA SANTOS
LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.
SINTA-SE ABRAÇADO(A)
Com o coração cheio de amor
Digo que sinto muito por sua dor
Sei que você também sofreu
E talvez enti queridos perdeu
Desejo que seja forte e lute
E que Deus na sua infinita força o ajude
A superar seus medos e traumas
E encontrar o lar que te acalma
Imagino o quanto é difícil
Mas, sei que nada é impossível
Respire fundo e erga a cabeça
Abrace aqueles que com você esteja
Dê seguimento a dádiva da vida
Ainda que seja assim sofrida
Pode chorar, gritar de saudade
Mas, não demore uma eternidade
Sinta-se abraçada com minhas palavras
Oh pessoa por tantos tão amada
Tire tempo para admirar a criação
Faça isso com amor e gratidão
Juntos vamos perseverar
Com esperança que todo mal vai acabar.
AUTOR JOSÉ JUCKA SOULZ
JOSÉ JUCA P SOUZA, professor, ator, psicopedagogo, analista de sistema, ambos por formação acadêmica… Desde pequeno imbuído nas artes, com o desenho. Como profissional, agente administrativo no Ministério da Agricultura, técnico em edificações na Companhia Energética de Brasília. Assim segue, vendedor de tudo na infância (“triste realidade”), almoxarife, gerente lojista… Em seguida, veio o teatro, com poucas temporadas, lecionou artes na escola pública do DF, estando até hoje, trabalhando com informática, afastado de sala de aula… Embora escreva desde criança, com textos engavetados… Se reconhece poeta em um concurso para novos poetas, em 2019, classificado e publicado em uma determinada editora. Hoje providencia seu primeiro livro.
VANITAS DA IGNORÂNCIA
Ilusão acometes alma vã;
Necessidade de monta fútil;
Fútil! Oras por ter razão.
Felicidade em jardim de outrem.
Contigo, vontades tuas;
Contigo, liberdades tuas;
Contigo, independência tuas;
Auto-afirmação na palavra de outrem;
Auto-afirmação no firmar de outrem;
Auto-afirmação na ignorância de outrem;
Insana é a estrada em ver;
Insana é a estrada em ter;
Insana é a estrada em querer;
Insana é a estrada a percorrer;
Quem de glórias alheias canta,
De glórias desencanta!
Vanitas da ignorância rastrea idolatria…
É tal domar o mar;
É tal rio sem obstáculos;
É tal abraçar montanhas;
Vão, fútil e ilusório…
Mito, Deus do Capitólio;
Mito, sonhar de vanita,
Vaidade ciclonita…
AUTOR WAGNER PLANAS
WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
LEMBRANÇAS ETERNAS I
Na penumbra das minhas memórias,
Há um lugar sagrado onde repousa a figura do meu avô.
Ele se foi antes que eu pudesse compreender a profundidade de sua ausência,
Mas sua lembrança é como um fio de luz,
Que atravessa o tempo.
Minha mãe,
Com olhos marejados,
Conta-me a história daquele dia.
Eu era uma criança,
De mãos pequenas e olhos curiosos.
O sol dourado iluminava a festa de Reinado,
E meu avô me conduzia pela mão,
Como um guardião dos segredos do mundo.
Lembro-me do cheiro da terra molhada,
Das risadas que ecoavam entre as barracas coloridas.
Meu avô, com seu chapéu de palha e sorriso gentil,
Parecia um rei em seu próprio domínio.
Ele me ensinou a dançar ao som dos tambores,
E nossos passos se misturaram à poeira do chão.
Seu neto de São Paulo,
Seu eterno Guardião,
De asas brancas,
Muitas vezes no colo,
Longe do Chão.
Naquela tarde,
Ele me mostrou o valor das tradições,
Das raízes que se entrelaçam com o solo.
Ele me falou sobre os ancestrais,
Sobre a força que flui de geração em geração.
E eu,
Com meus olhos de criança,
Absorvi cada palavra,
Como se fosse um encantamento.
Quando o sol se pôs,
E as estrelas surgiram no céu,
Meu avô apontou para o espaço,
Para a constelação do Cruzeiro do Sul.
Ele disse que ali morava Jesus,
Que e lá estavam nossos antepassados,
Olhando por nós,
Guiando-nos nas noites escuras.
E então,
Com a ternura de quem sabe que o tempo é efêmero,
E ele me abraçou.
Senti seu coração bater junto ao meu,
Como se fossemos um só.
Naquele momento,
As festas, o mundo inteiro, desapareceram.
Éramos apenas eu e ele,
Unidos pela eternidade daquele instante.
Meu avô partiu pouco depois,
Mas sua presença permanece.
Quando a saudade aperta,
Fecho os olhos e volto àquela festa de reinado.
Sinto o calor da sua mão na minha,
Ouço o som dos tambores,
Vejo as estrelas piscando no céu.
Tento relembrar do cortejo.
Em minha mente já esquecida.
E assim,
Nas lembranças eternas,
Meu avô dentro de mim, ele vive.
Como uma estrela que nunca se apaga,
Como um guardião dos segredos do mundo,
Meu avô dança comigo nas noites silenciosas.
No silencio de meus sonhos,
Nas saudades de minhas lágrimas.
AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
SOZINHO
Eu!
Luto contra a minha culpa
e não sei como fugir dela,
como faço para assassiná-la
e fugir do flagrante,
como sufocá-la
e forçá-la a cometer um suicídio,
vivo tentando apagar da minha consciência o último suspiro de morte,e com sorte um dia te esquecerei,
e apagarei o gosto amargo da despedida,
mas nunca deixarei sua lembrança se apagar
das minhas memórias de infância
e de homem que sou, graças a ti.
Sozinho!
Sozinho luto contra os meus medos
e ressuscito os meus monstros
num castelo de pragas na minha Transilvânia,
e entre túmulos, sarcófagos e teias de aranhas
vivo procurando fantasmas
da desilusão que seguem-me
em marcha fúnebre como um rito de morte,
e entre caixões de mármores a fome de sangue
e lá fora entre a lua e a escuridão,
Vampiros e Dráculas estão à solta,
e dentro da minha melancolia
que é o algoz de todo este sofrimento
e o tormento daqueles que ficaram ao léu,
olho para o céu e peço ao Pai para livrar-me desta insanidade,
e ouço seus passos como um eco na eternidade
e não quero acreditar, embora saiba que é verdade,
verdade que você se foi num domingo de carnaval
com marchinha e tudo mais,
deixando-me em prantos,
e órfão de Mãe e Pai.
Sofrimento!
Sofrimento é uma sentença de morte em vida,
ouço vozes,
espasmos e sinto calafrios,
fome e sede,
pele e osso,
assim sou eu,
procuro coisas em espaços vazios,
quero espaço onde existem coisas,
paredes sem quadros e telas sem cores,
jardim sem flores,
e nos corredores plantas secas definhando,
porque já não bebem água mais como antes,
já tem dias que não vejo a luz do sol,
casas sem janelas, paredes à minha volta,
revestimentos, pavimentos e ladrilhos sem cores,
e não sinto mais os cheiros e os sabores
de um café amargo com um trago de dissabor,
dor, angústia e medo,
que me traz o fel da vida
que contrasta a dura realidade
daqueles que partiram cedo demais
deixando um vazio imenso em Minh’ alma.
E assim nunca mais o seu riso escrachado e a sua presença marcante,
nunca mais o seu olhar materno,
nunca mais seus abraços fraternos,
nunca mais seus cuidados cheios de afagos,
nunca mais seus conselhos racionais,
nunca mais seus beijos cheios de ternura,
nunca mais seus carinhos,
nunca mais seu cheiro,
nunca mais seu colo,
nunca mais um trago,
nunca mais um brinde,
nunca mais um gole,
nunca mais...nunca mais...nunca mais.
AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
APRENDENDO
“Aprendi, disse o Pequeno Príncipe, que o mundo é o espelho de minha alma. Quando ela está alegre, o mundo parece alegre para ela. Quando está abatida, o mundo parece triste. Mas o mundo não é nem triste, nem feliz. Ele simplesmente está lá. Não era o mundo que me incomodava, mas a ideia que eu tinha dele... Aprendi a aceitá-lo sem julgá-lo, totalmente, incondicionalmente…". (Antoine de Saint-Exupéry)
E você? E o seu mundo? E suas marcas? Seus momentos? Diante de seus desejos, por uma vida mais dinâmica e feliz.
A monotonia, as expectativas, o tédio e a frustração. O ego, o êxtase da vida, a paz, são forças que nos dão o desejado agora, o momento presente. O acordar todos os dias, receber o merecimento do viver. Afinal, segundo (Jacques Lacan), cada um alcança a verdade que é capaz de suportar.
Por isso, é preciso acreditar na força criadora, brindando a cada instante, nossos batimentos do coração, que sonorizam as nossas esperanças.
Aprender, é o que promove as mudanças, nos dando energias e entusiasmos. Sempre a algo a apreender, especialmente quando o nosso momento é difícil e desanimador.
Somos seres especiais, precisamos dar boas-vindas, aos sentimentos positivos, viver o que for preciso, não se enroscando nas teias dos problemas.
Acreditar que viver é sempre um grande acontecimento, que nos permite desfrutar, das diversas formas que as linguagens da vida nos ensinam.
Podemos nos tornar um quebra-cabeça, sempre faltando uma peça, ou uma linda paisagem, com uma essência de unicidade, descobrindo a pulsação da vida.
O tempo passa rápido, e não temos espaços para ser infelizes e insatisfeitos.
Viva suas aprendizagens favoritas,
todos os dias se ame,
valorize quem você é,
sinta-se lindo ou linda.
Afinal, amigos, a gente morre para provar que viveu. (Guimarães Rosa)
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