AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.
INVERNO
Ao cair da folha, no limiar do inverno, ali me vejo perdido em teu semblante. Estamos na calidez de uma cafeteria, no coração pulsante da cidade. Quão desejável seria transformar este instante em um marco perene na galeria da memória: meus olhos enamorados pelos teus, sorrindo, ansiando para que o relógio do universo se esquecesse de tic-taquear.
Nossas mãos se encontram, numa busca cega pelo calor que cada um emana, numa comunhão silenciosa de carinhos. Um trago da bebida morna, como um combustível, reacende o fogo do meu coração; o brilho dos teus olhos, como um carinho, alivia minha alma.
Mais tarde, nos encontramos deitados no sofá, envolvidos pelo calor do cobertor, nossos olhos imersos na trama de um filme romântico que dança na tela da televisão. Uma pausa do mundo, para um beijo tão doce quanto néctar, minha mão traçando a geografia do teu rosto.
Tudo é perfeição em teu redor, as palavras que dançam, o toque que encanta, os sabores que se misturam, os amores que emanamos um pelo outro. Até quando as forças me permitirem, batalharei para estar ao teu lado.
Em algum ponto distante, uma melodia arranha meus ouvidos. Tua boca se move, mas tua voz não alcança meus ouvidos. Teus lábios dançam, mas não consigo escutar a sua voz. E assim, tua figura esvanece. Meus olhos se descerram e tudo se dissipa em fumaça. Foi sonho.
Busco refúgio no sono novamente, ansiando por reencontrar nosso romance sonhado, mas você se foi. Para onde? O que aconteceu com toda a magia que construímos? Por que a tristeza voltou a ser a melodia de fundo da minha existência?
AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
ZÉLIA OLIVEIRA é natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
DIZER NÃO
É muito difícil,
Às vezes,
Dizer um não.
Magoa o outro
Que não entende sua preocupação.
Falar NÃO
Pode fazer você mesma
Sentir-se mal.
Porém, quem ama cuida,
Quer proteger.
É uma atitude normal.
Pior ainda
Quando a pessoa não aceita
Como resposta um NÃO,
Quer convencê-la
A mudar de opinião.
Situação desgastante convencer
Quem não quer ceder.
É inflexibilidade?
Não!
É muito amor envolvido,
A preocupação com o outro
Ajuda a afastá-lo do perigo.
Dizer não é necessário,
É indício de amor,
Carinho e cuidado.
É uma forma de expulsar
Sua preocupação
E enfim tranquilizar o coração.
Aprenda a dizer não!
AUTORA LUCÉLIA SANTOS
LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.
LÁGRIMAS DE ALEGRIA
Um dia sei que não precisarei
Esconder e enxugar minhas lágrimas
Aquele lenço enfim eu guardarei
Será um livro com novas páginas
Do meu jardim avistarei a sua chegada
Lágrimas de alegria irei derramar
Correrei ao seu encontro por aquela estrada
Após esperar tantos anos para te abraçar
Minha poesia carrega muita saudade
Dolorosas e doces lembranças
Desde quando te perdi naquela tarde
Acordo todos os dias com esperança
Por enquanto sobrevivo de memórias
E contigo às vezes eu sonho
Temos juntos uma linda história
Vivo a esperar nosso reencontro.
AUTOR WAGNER PLANAS
WAGNER PLANAS é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.
FLORESCER INTERIOR
Floresce em meu interior,
Uma flor de nome esperança,
Trás consigo a lembrança,
De como é belo o amor.
A esperança carrega vida,
Emoções e muita fé,
Cicatriza as feridas,
Entrega carinhos e cafunés.
Seu lindo botão,
É a luz da escuridão,
Suas pétalas maravilhosas,
Voam livremente, majestosas.
Esperança já diz o nome,
É uma linda flor resistente,
Lindas folhas e sementes,
Dá energia, a quem consome.
A florada esperança alimenta o interior,
Nossa alma, vida e coração,
Trata a vida com emoção,
Nos acolhe com amor.
E este belo jardim,
É fácil cultivar,
Mas tem muito a se dedicar,
Para a florada não ter fim.
AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
SOBRE A ESPERANÇA
A esperança é o nosso personagem, é o nosso caminhar, é o que nos move.
Ter esperança é algo fantástico, parece que tudo conspira a nosso favor. Com ela não recuamos, não temos tantos medos, e confiantes afastamos os invasores das desesperanças. Não estamos falando que todo o planeta é habitado por pessoas com esperanças, sabemos da complexidade que nos acompanha nas nossas jornadas. As dificuldades são muitas, mas é preciso usar a nossa imaginação, as nossas decisões, mudar o foco do nosso interior e fazer da vida de duras batalhas pela sobrevivência, uma resistência, uma missão de resgates, capturando nossos sonhos, elevando nossas inteligências, para ressignificarmos o nosso esperançar infinito.
Que maravilha, voar sobre nossos medos, e nos despedirmos deles, criando uma rede de esperanças, com mensagens positivas para todos que precisam.
Acreditar, agradecer a espera conquistada da esperança, que não é só verde, mas que tem a cor de nossos projetos de vida vitoriosa.
Esperança, semente que germina e faz florescer coragens nas nossas mentes.
Esperança em termos a paz merecida, onde o amor, pode mudar os rumos dos tecidos ásperos do cotidiano. Somos pessoas especiais com linguagens de afetos.
Perceba que um mundo melhor pode existir, não o melhor que desejamos, mas um que não sabíamos que poderia surgir, como sempre sonhamos. Todos os dias algo de bom, pode acontecer, a resiliência em nós funciona e a nossa fé é inabalável, não importa o que aconteça.
Somos uma cultura e um povo que precisa de esperanças, por isso busque suas alegrias, deseje sempre para alguém um bom dia, isso traz esperança, ela é o combustível do nosso motor mental, físico e emocional, são as nossas metáforas, se não acreditarmos em melhorias, estamos morrendo espiritualmente. Se não há esperança de que tudo pode melhorar, se transformar, então o que é viver?
A desesperança é um niilismo frio e triste. Desta forma, para Nietzsche, o niilismo é o sintoma do adoecimento do homem. Portanto, a esperança, é o nosso modo de sermos maiores que nós mesmos. Sem ela cremos que somos muito pouco ou nada.
A esperança, é este instante, é o que maca o relógio, é o acordar com o sol.
AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
POVO SEM HORIZONTE
E da capital
Belo Horizonte
passando pela
cidade de Mariana
e seguindo
para Brumadinho
nós podemos ver
o rastro da devastação
causada pelas mãos
inescrupulosas
da corrupção
que acabou
definitivamente
com todo tipo
de vegetação
naquela populosa região.
E naquele ambiente
de destruição
peixes boiavam
na lama junto
com a poluição
que levou uma
gama de animais
silvestres a extinção,
tudo por conta
do homem
e da sua ambição
que acabou levando
uma cidade inteira
para a perdição,
além das vidas,
que é o bem
mais precioso
do cidadão.
E esse é considerado
maior crime ambiental
que foi provocado
por gente
gananciosa e imoral
que nos bastidores
do congresso nacional
é protegida por gente
que finge ser moral,
e hoje os
sobreviventes
de Mariana
e de Brumadinho
não tem mais
terra fértil
para plantar,
não tem mais
águas limpas
para pescar
o seu peixe
e não tem mais
as suas criações
de gado para sobreviver,
E há anos essa população
vegeta sem horizonte
e clama pela justiça
que não é cega
aos olhos
dos poderosos,
mas finge não
enxergar a dor
daqueles que ficaram.
AUTORA JOANA PEREIRA
O meu nome é Joana Pereira e sou autora no blog "Tem juízo, Joana!". Nasci em Lisboa e segundo as estrelas, sou Leão - ascendente Touro. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música e palavras. Gosto de ler e de escrever, acreditando ser na escrita que me torno mais consciente. Numa voz firme e rebelde escrevo entre o certo e o errado, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…
HÁ, DE NÃO HAVER
Há o vento quente que não refresca,
há uma faca afiada num corte agudo e doloroso,
há um deserto com sede
e uma porta sempre fechada.
Há as chicoteadas que ficaram na pele calejada,
há o barulho aterrador ecoado nestes ouvidos surdos,
crentes na esperança,
na fé que mora nos olhares brilhantes.
Há uma culpa sem fundo
que não sabe ler,
que me trespassa o terceiro olho como uma flecha.
Há a mágoa de tanta pele esfolar,
de memórias que se afundaram,
de golpes calados pela paz clandestina,
e de vivências ressequidas, esquecidas ao sol,
com sabor a fel, a azedo,
de um amor outrora correspondido,
mas… cruel.
Hoje somos nada.
Cinzas, talvez.
Há a sombra de uma mancha negra que se forma no peito,
prova das nossas mãos dadas e cantigas até faltar o ar.
Há o rasto seco de lágrimas que correram anos,
sem um único amparo.
Lágrimas ignoradas pelo ego dominador
de quem tem óculos, mas não pensa ver,
de quem tem coração, mas não pensa amar…
Há uma raiva asfixiada,
pelas raízes quentes do chão de uma casa.
Depois há o silêncio.
E depois do silêncio uma pomba branca.
E depois o luto…
Há o vazio, sem nada para preencher,
porque só o meu amor sobra
neste desgosto sem desculpa,
neste mistério de mil razões que desconheço…
Ou que, simplesmente, não consigo compreender.
AUTORA MARINALVA ALMADA
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
O PRESENTE
Apaixone-se pela vida todos os dias.
Há muita coisa boa para viver.
Cuide-se. Exercite-se.
Ouça uma boa música.
Expresse os seus sentimentos.
Publique aqueles poemas esquecidos na gaveta.
Visite quem você ama.
Encontre um tempo para dedicar a si mesmo(a).
O tempo passará mesmo que você não queira, por isso viva o presente que Deus lhe deu.
Apaixonantes criações.
Obrigada a todos por momentos de leituras maravilhosos! 🌹