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Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 135 — 22/09/2024

Máquina de escrever antiga
Imagem criada com a ferramenta de IA Midjourney

 

AUTOR LUIZ PRIMATI


LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.

 

ÓDIO NAS REDES SOCIAIS


Vivemos tempos de transformação, onde nossas interações ultrapassam o físico e se desdobram em ambientes digitais. E, mesmo com tantos avanços tecnológicos, percebemos que ainda estamos longe de alcançar a evolução moral e emocional. O caminho da melhoria pessoal é longo, e talvez sejam necessárias inúmeras vidas para nos aproximarmos de um modelo de conduta semelhante ao de grandes exemplos de compaixão e paciência, como Chico Xavier.


Entre os obstáculos mais difíceis de superar está a ira — uma emoção que, se não controlada, nos afasta de nossa jornada evolutiva.


Refletindo sobre isso, relembro uma experiência recente. Em uma quinta-feira, como de costume, fui ao centro espírita que frequento. Ali, o ambiente de paz convida à introspecção, à oração e à busca por serenidade. Contudo, mesmo em locais de tranquilidade, situações de descontrole acontecem.


Naquela noite, duas novas visitantes desrespeitaram uma das regras básicas: manter o celular desligado. Uma delas começou a mostrar um vídeo com o volume alto. Logo, um rapaz ao meu lado, visivelmente impaciente, pediu com rispidez que desligassem o aparelho. A cena foi carregada de irritação — um lembrete de que, por mais que estejamos ali para nos aperfeiçoar, a ira muitas vezes nos toma antes que possamos reagir de maneira serena.


Esse tipo de comportamento, infelizmente, não é incomum. A mesma intolerância que presenciamos em situações cotidianas se replica, com ainda mais intensidade, nas redes sociais.


Recentemente, vi um vídeo que me deixou profundamente abalado. Um pai, tomado pelo ódio, agredia brutalmente sua filha. O tapa inicial foi retribuído, e o que se seguiu foi uma sequência de atos violentos — socos, tapas, tentativas de estrangulamento. A cena era perturbadora, um claro exemplo do que a ira desenfreada pode causar.


Antes de formar qualquer julgamento, lembrei-me das palavras da Bíblia: "Não julgueis, para que não sejais julgados". Fui então buscar mais informações sobre o ocorrido. O pai alegava que seus filhos eram dependentes de drogas, e que ele, já esgotado, reagiu após ser agredido primeiro. No entanto, o vídeo mostrava uma outra perspectiva: ele havia iniciado a violência.


Nas redes sociais, o conflito entre pai e filha rapidamente dividiu opiniões. De ambos os lados, grupos se formavam para atacar ou defender, gerando uma onda de ódio que se espalhava entre pessoas que sequer faziam parte da situação. Insultos e ofensas se multiplicavam, e o que era uma questão familiar tornou-se um campo de batalha público. Todos tentavam impor suas opiniões, mas ninguém buscava o entendimento ou o perdão.


Essa situação levanta uma pergunta importante: por que nos permitimos ser consumidos pela ira? O que ganhamos ao perpetuar essa corrente de ódio, seja no mundo físico ou digital?


Nosso ego muitas vezes nos leva a acreditar que temos razão, mas, como seres em evolução, ainda somos extremamente imperfeitos. Nossas reações impulsivas, quando alimentadas pela ira, geram consequências irreversíveis. O dano emocional, uma vez causado, raramente é plenamente reparado.


Eu também já perdi a paciência, já cometi erros. Mas, com o tempo, percebi que o perdão — tanto aos outros quanto a mim mesmo — é o único caminho para a paz interior. Reconhecer nossas falhas, em vez de nos apegarmos à necessidade de ter razão, é um passo fundamental para nosso crescimento.


Diante disso, uma lição se impõe: antes de reagir, devemos aprender a pausar. Contar até mil, até um milhão se necessário. A reação impulsiva nos aprisiona em um ciclo de dor e arrependimento. O perdão, por outro lado, nos liberta.


Que possamos, então, refletir sobre a maneira como agimos e interagimos, principalmente nas redes sociais. O ódio é contagioso, mas a compreensão e o respeito também podem ser. Cabe a nós escolher que tipo de energia queremos espalhar.


E que Deus nos dê sabedoria para navegar nesse mar turbulento, onde as tempestades da ira parecem constantes, mas a paz, embora difícil, é sempre possível de ser alcançada.


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.

 

OLHARES QUE FALAM


Ele não é variável e inconstante

Não muda com o tempo

Tem um insondável sentimento

Cada dia mais que antes


Seu olhar pede beijo e abrigo

Também diz que o peito queima de amor

Causando uma imensa dor

Por vezes lágrimas e suspiros


Em um caminho sem volta

Onde ganha vida o coração

Chamas ardentes de paixão

Batem à sua porta


Como uma janela empoeirada

Olhares que falam, mas não vêem

Como alguém fora da lei

Segue desnorteado pela estrada.

 

AUTORA STELLA_GASPAR


Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.

 

MÃO ESQUERDA - MÃO DO CORAÇÃO

Nossas mãos, com elas desenvolvemos tarefas múltiplas, escrevemos poemas, textos, entre outros.

Mão direita, mão esquerda; movimentos motivados, originados das áreas fisiológicas ou advindos de razões emocionais.

Podemos dizer, que a nossa motricidade faz parte do que aprendemos em um ambiente motivador. Sentimos, reagimos, transmitimos respostas de formas diferentes.

Sendo assim, destacamos que as nossas mãos e em especial, a mão esquerda, denominada por mim, como a “mão do coração”, a qual é a mão que sente o somatório de nossas emoções, demonstrando as diversidades do que somos e a pluralidade de nossa beleza individualizada.

Mãos, emoções e ações cognitivas, não se separam.

Com nossos cumprimentos manuais, podemos incluir ou excluir, aquele que recebe nossas mãos na dele, mãos que curam, mãos que deixam saudades, mãos que alegram, que passam energias positivas.

Assim penso, que a mão do coração, pode potencializar os afetos, passando o calor humano, deixando uma mensagem de possibilidades, afugentando o medo da solidão.

Mãos do coração, a nossa mão esquerda, cheia de amorosidades, deixando cheiro de jardins, em outras mãos.

Cumprimentos sorridentes, leves, como uma música ou um poema.

E de repente, as nossas mãos esquerdas passam aquela alegria.

Mãos direitas e esquerdas, juntas em sincronia, intensas, que dão prazer, quando encontramos em nós, a felicidade, como “Guimarães Rosa” fala: que o corpo encontre a felicidade, ainda que em breves momentos.

Mãos que podem ser um jardim, onde plantamos sonhos, maravilhosos como o frescor de uma tarde, romântica de verão!

 

AUTOR ANDRÉ FERREIRA


ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.

 

RESPEITO AOS NOSSOS PROFESSORES


Infelizmente há anos

o Brasil vive uma

deturpação cultural,

com a normalização

da cultura imoral

enquanto isso lá

no plenário

do congresso nacional

os nossos eleitos praticam

uma falsa moral,

mas nos bastidores

eles articulam

um plano perverso

e começam uma

perseguição implacável

contra os nossos professores,

que vivem um sufoco danado

e agora para variar

depois de aposentado

eles têm o INSS

em folha descontado

e não adianta

ficar indignado.


Dessa forma

a educação no Brasil

segue ladeira abaixo

com professores desmotivados,

com professores desvalorizados,

com professores hostilizados,

com professores desrespeitados

pelos nossos governantes,

pelos os estudantes

e pelos seus pais

que não entendem

que a escola é um ambiente

onde o professor compartilha

o seu conhecimento

e que a educação

é um dever dos pais

e que deve ser praticado

no âmbito familiar.


Dessa forma

com a violência brutal

que nós vivemos

dentro e fora das escolas

os professores

estão traumatizados

e vivem totalmente aterrorizados,

com isso a procura

pelo curso de pedagogia

caiu drasticamente,

além disso muitos professores

estão desistindo

dessa nobre profissão

que no Japão

é reverenciada

pelo imperador,

e a sociedade brasileira

precisa refletir

e dar o devido valor

para o nosso professor

que é o principal formador,

mas como nós vivemos

em um país injusto

onde o professor

ganha menos

que um nobre deputado,

menos que um nobre senador

e menos que

um nobre vereador,

basta, aos nossos governantes,

chega de abuso

e dessa injustiça

e valorizem os

nossos professores.


 

AUTORA SIMONE GONÇALVES


Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.

 

SEGREDOS DO HORIZONTE


Por trás das nuvens

Num céu azul

Se esconde um segredo

Indecifrável para alguns

Que tem coração rude

Mas, para tantos outros...

É visivelmente nítido e se sente por só fechar os olhos.

Na verdade, nem as nuvens

Tem o poder de esconder

Tamanha beleza

Nem mesmo deixar escondido

Pois, a sua força é tão radiante

E de tão grande poder

Que mesmo no acinzentar de uma tarde de chuva

Se deixa ficar sem te notar...

Num horizonte sem fim

Esse segredo se faz revelar

Fazendo o mundo se cercar do seu encanto


Num horizonte sem fim

Está seu maior segredo ali, não escondido

Mas sim, está todo presente em tudo que nos cerca

Basta apenas deixar o coração sentir...


Está o amor de Deus!


 

AUTORA ARLÉTE CREAZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

ACHO

Se tem uma palavra que me irrita profundamente em nosso vocabulário, é a palavra acho, isso porque geralmente ela vem acompanhada de negativismo: acho que não vai dar certo, acho que não consigo, acho que não é possível.

Os adeptos dos “achismos” são pessoas que desistem mesmo antes de tentarem e infelizmente convivo com algumas delas.

Costumo dizer que perto dessas pessoas, se eu tivesse tendência suicida já teria me matado há tempos.

Os “achivistas” de plantão são aqueles que sempre tem uma opinião para tudo, dando opiniões de que nada valem, já que eles só acham.

Tudo é muito difícil e complicado para eles, mesmo porque eles nem perdem tempo tentando entender o fato, já que de cara acham que não dará certo.

Dificilmente confio em pessoas que iniciam uma frase com a palavra acho, já que minhas experiências com essas pessoas não são positivas.

Prefiro ter uma certa certeza das coisas, acreditando que tudo tem seu lado positivo e que tentando tudo, dará certo.

O maior problema é que os otimistas são malvistos pelos “achistas” já que estes se irritam quando alguém tenta colocar na situação um ponto de vista de esperança.

Sei que as pessoas são diferentes e devemos respeitá-las por essa diferença, afinal nós também nos tornamos estranhos aos que são diferentes de nós.

Tudo é questão de ponto de vista: há os que acham que a vida é uma droga, mas ainda bem que há os que acham que a vida é bela.

 

 

AUTOR WAGNER PLANAS


Wagner Planas é nascido em 28 de maio de 1972, na Capital Paulista, estado de São Paulo, Membro da A.I.S.L.A — Academia Internacional Sênior de Letras e Artes entre outras academias brasileiras. Membro imortal da ALALS – Academia Letras Arttes Luso-Suiça com sede em Genebra. Eleito Membro Polimata 2023 da Editora Filos; Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Mairinque pelo vereador Edicarlos da Padaria. Certificado do presidente da Câmara Municipal do  Oliveira de Azemeis de Portugal. Autor de mais de 120 livros entre diversos temas literários, além de ser participante de 165 Antologias através de seu nome ou de seus heterônimos.

 

REFLEXOS DO ENTARDECER


O Final da tarde é maravilhoso;

No açude a água parada,

Converso com Deus orgulhoso,

Sobre mais um dia de minha jornada.


No açude a água parada,

E eu me desabafando,

Sobre mais um dia de minha jornada;

Enquanto Cristo fica me escutando.


E eu me desabafando,

Das dores de minha alma,

Enquanto Cristo fica me escutando,

Tentando me manter a Calma.


Das dores de minha alma,

O açude vira um espelho do céu;

Tentando me manter a calma,

Anjos trazem a paz vestidos sob véus.


O açude vira um espelho do céu;

Meu corpo já cansado,

Anjos trazem paz, vestidos sob véus;

Eu me sinto protegido, amado e abrigado.


Meu corpo já cansado,

Décadas sob muita dor,

Eu me sinto protegido, amado e abrigado;

Porque Deus é puro amor.


Décadas sob muita dor,

O Final de tarde Maravilhoso,

Por que Deus é puro amor,

Conversar com Deus é Maravilhoso.

 

 

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