AUTOR LUIZ PRIMATI
LUIZ PRIMATI é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books. Em março lançou seu livro de Prosas Poéticas, "Melancolias Outonais" e o romance de suspense "Peter manda lembranças do paraíso" estará disponível em julho de 2024.
FELIZ ANO LITERÁRIO
Quando as páginas do calendário virarem para um novo ano, levarei comigo 366 dias de intensa atividade literária, vividos como uma verdadeira jornada épica.
Nessa jornada, encontrei autores de todas as partes, absorvi fragmentos de suas histórias e provei o sabor de cada capítulo que suas mentes brilhantes me ofereceram. Quem mais teria o privilégio de conhecer almas tão intensas, tramas tão cativantes, páginas que transbordam emoção e nos abraçam sem pedir licença?
A escrita é como uma bússola interior, que nenhum valor monetário pode comprar. Ela nos orienta, nos reconecta com o nosso íntimo e transforma pensamentos em palavras. É um tesouro reservado a poucos, e eu tive a rara ventura de compartilhá-lo com dezenas de escritores. Nesse oceano de criatividade, mergulhei fundo: respeitei cada história, me doei a cada processo, amei cada obra como se fosse minha. E, em troca, recebi não apenas gratidão, mas também um fragmento de cada coração que tocou minhas mãos.
Para o ano que vem, desejo que esse ciclo virtuoso de inspiração se renove. Anseio por mais autores preenchendo meus dias com suas narrativas e oferecendo o melhor de si ao mundo. Não vou mencionar nomes para não falhar com ninguém, mas carrego cada um dentro do peito. Vocês me fizeram rir, chorar e apaixonar-me por sonhos alheios transformados em páginas vivas.
Cada escritor que cruza meu caminho se torna um companheiro de jornada. Não sei trabalhar em um livro sem adentrar a alma do autor; não sei conduzir uma história sem oferecer tudo o que sou em troca.
Minha gratidão é imensa. Obrigado a todos que confiaram na nossa editora ao longo deste ano. E que 2025 traga uma correnteza de novas ideias, inspirações e narrativas, celebrando a alma de cada escritor que se permitir voar.
AUTORA STELLA_GASPAR
Natural de João Pessoa - Paraíba. Pedagoga. Professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia. Mestre em Educação. Doutora em Educação. Pós-doutorado em Educação. Escritora e poetisa. Autora do livro “Um amor em poesias como uma Flor de Lótus”. Autora de livros Técnicos e Didáticos na área das Ciências Humanas. Coautora de várias Antologias. Colunista do Blog da Editora Valleti Books. Colunista da Revista Internacional The Bard. Apaixonada pelas letras e livros encontrou na poesia uma forma de expressar sentimentos. A força do amor e as flores são suas grandes inspirações.
E O "NATAL"CONTINUA!
Natal é uma celebração de encantamentos, sentimentos, alegrias e emoções, curtida em uma atmosfera de fraternidades. Nessa perspectiva, entre sonhos e esperanças, os festejos natalinos nos inspiram, nos fazem desejar inovações em nossas vidas.
Tudo é tão bonito, surpreendente, mágico e cristalino; ficamos mais amorosos e naturalmente mais esperançosos como acreditar no amor. O sentido do “Natal” é único, inspiramos e expiramos amor.
Para mim. Natal é... semear o Amor, a Paz e o Bem.
Então, é Natal, olhemos mais para as possibilidades de fazermos coisas boas, com os nossos potenciais. Vamos combater a escuridão, recheando nossas vidas com o bem. Jesus foi o grande mestre de todos os mestres, uma lição de humildade e infinita sabedoria. Nos deixou as lições do amor e do perdão, que ficaram marcadas na humanidade do homem simples de Nazaré.
Abaixo segue uma prosa poética de minha autoria, para um Natal bem abraçado.
“Abraço de tudo... em um ou dois, ou três abraços. Cantinhos esquecidos por nós se iluminam, acordam e tudo vibra. É inevitável os abraços, não nos deixar assim: melhores e mimoseados. Abraços focados nas trocas de afetos, corpos em contato, coladinhos a outro corpo. Nosso tempo, nossa temperatura mudam. Coisas de braços, coisas de sentir. Abraços podem ser silenciosos ou barulhentos. Coração com coração, um presente maravilhoso, intenso, com pureza de sentimentos. Abraço, abraçarei sempre a esperança e a paz; a motivação e nutrição do amor; a saudável vida; com abraçadas tempestades de felicidades naturalmente, como um vento leve inspirando e acariciando nossas peles”.
Então é Natal!
Nossos corações florescem e as esperanças se renovam.
Como diz o filósofo francês Gabriel Marcel, esperança significa sempre ter esperanças, por você e para você.
Felicidades, gratidão e muita sintonia com boas energias, em 2025!
AUTOR ANDRÉ FERREIRA
ANDRÉ FERREIRA, 46 anos, solteiro, é natural de São Paulo, cidade onde vive até hoje. De religião cristã, André valoriza profundamente os ensinamentos de sua fé. Filho de Elza, uma paulistana determinada, e de Luís, um bon-vivant, André foi criado com amor e sabedoria por sua avó Maria, a melhor das avós. Apaixonado por atividades físicas, André também aprecia uma boa conversa, a leitura de livros enriquecedores, além de se encantar com a arte e a poesia.
NOVE ANOS DE SAUDADE
E depois do show de impunidade
O povo de Mariana
Perdeu a sua dignidade
E sofre com nove
Anos de saudade
Por conta da irresponsabilidade
daqueles que só pensaram
no lucro acima da vida
causando uma enorme
ferida em famílias que
agora estão destruídas.
E no sorriso da justiça,
As vítimas da barragem
De Fundão sentiram
E gosto da traição
E mesmo depois do caos
E da destruição
Mariana sentiu na
Pele a decepção
E teve que engolir
A absolvição daqueles
Que só pensaram
Na sua ambição
E aceitaram a oferta
de corrupção sem
pensar naquela população.
Enfim, é um crime
Sem criminoso
É o Brasil do Barroso
Que sentenciou
Os culpados dando
A eles a liberdade
Mesmo diante
de tanta maldade,
Assim, são nove anos
De muita saudade
Há nove anos roubaram
A nossa dignidade,
Há nove anos foi
Cometido uma crueldade
Contra a nossa humanidade
E por conta disso
são nove anos
de injustiça.
E há nove anos corruptos
E corruptores imorais
Se juntaram e ocultaram
Falhas operacionais
Que acabou matando
Centenas de vidas humanas
E hoje todos os culpados
Estão soltos levando
Uma vida de bacana
Enquanto isso, Mariana
Vive uma realidade desumana,
Onde o rio doce
Virou um mar morto
Por causa dessa
corja de escroto
Que pensou no
seu próprio bolso,
e hoje eles querem fazer
um acordo vergonhoso
e dessa forma
a justiça dos nobres
ano após ano vem
condenando os pobres.
AUTORA ZÉLIA OLIVEIRA
Natural de Fortuna/MA, reside em Caxias-MA, desde os 6 anos. É escritora, poetisa, antologista. Pós-graduada em Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Professora da rede pública municipal e estadual. Membro Imortal da Academia Interamericana de Escritores (cadeira 12, patronesse Jane Austen). No coração de Zélia, a poesia ocupa um lugar especial, gosta de escrever, afinal, a poesia traz leveza à vida. Publica no Recanto das Letras, participa com frequência de antologias poéticas, coletâneas, feiras e eventos literários. É organizadora e coautora do livro inspirador "Poetizando na Escola Raimunda Barbosa". Coautora do livro “Versificando a Vida”.
OS IDOSOS SÃO PRECIOSOS!
Ah, como a velhice é difícil,
Chega a ser cruel,
Muitos permitem que as intempéries dessa fase
Tornem a vida como fel.
Idosos achando-se rejeitados,
Familiares sentindo-se sobrecarregados.
Na realidade, nossos idosos precisam
Sentirem-se amados.
Quando a família é numerosa,
Fica um filho esperando pelo outro.
É uma atitude horrorosa,
Muitos omitem-se,
Fogem de suas responsabilidades.
Não tratam os pais com bondade,
Eles precisam ser assistidos com dignidade,
Mas é papel de cada filho fazer a sua parte.
Muitos agem com descaso
Quando o idoso está acamado
E vive em estado "vegetativo".
Nesta situação,
Necessitam de mais dedicação.
Cuidar de pais idosos não é tarefa fácil,
Porém é reconfortante saber
Que você está retribuindo
A quem cuidou de você.
Isso te dá paz mental,
Senso de dever cumprido,
Embora alguns vejam como algo banal,
Você encara como primordial.
Os filhos devem cuidar dos pais,
Cuidar com carinho,
Demonstrar amor em palavras e atitudes.
Enxerguemos os idosos
Com os olhos do Criador,
Eles são preciosos,
Devem ser tratados com muito amor.
AUTORA SIMONE GONÇALVES
Simone Gonçalves, poetisa/escritora. Colaboradora no Blog da @valletibooks e presidente da Revista Cronópolis, sendo uma das organizadoras da Copa de Poesias. Lançou seu primeiro livro nesse ano de 2022: POESIAS AO LUAR - Confissões para a lua.
CAMINHO ESQUECIDO
Às vezes, me perco nas lembranças...
Algumas tristes, outras alegres.
No entanto, há um momento em que percorro
Um caminho que ficou esquecido
Nesse lar chamado coração.
Esse caminho me carrega pelos braços
Feito um pássaro, num leve vôo
Onde me solta numa nuvem
Carregada de dor e saudade.
Sinto-me lugente numa angústia
Que percorre todo meu peito...
Preciso voar novamente.
Libertar-me dessas lembranças tristes,
E sorrir para a liberdade que esse vôo me levar.
AUTORA ARLÉTE CREAZZO
ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.
VIBRE
Quando seu filho vier com a famosa frase – olha o que eu sei fazer – e lhe mostrar algo que pareça bem infantil, mas que para ele é um grande feito, vibre.
Ao comprar uma roupa nova para ir a um lugar especial, vibre.
Comendo aquele doce que há dias estava com vontade, mas nunca conseguia tempo para saboreá-lo, vibre.
Ao respirar e sentir o perfume de flores ou mesmo do mato recém cortado, vibre.
Vibre quando um amigo lhe contar algo que lhe foi muito bom, mesmo que você não tenha participado da conquista.
Vibre pela chuva que cai e o arco-íris que surge.
Ao receber uma promoção, vibre, e se a promoção foi a um colega de trabalho, vibre também, você poderá ser o próximo.
Quando o telefone tocar e for uma pessoa com quem há muito não falava, vibre.
Vibre quando chegar a noite e você estiver deitado em sua cama quentinha, sob um teto que lhe protege.
Vibre por perceber que pode fazer as pequenas coisas sozinho, como simplesmente caminhar ou respirar.
Por ter uma família e amigos com quem contar, ou simplesmente rir, vibre.
Se para o ano que se aproxima você deseja ótimas vibrações, então vibre
AUTORA KENIA PAULI
Olá, eu sou a Kenia Maria Pauli. Nasci em Colatina ES, mas já venho desbravando o mundo por duas décadas. Hoje, nesse atual momento moro na Inglaterra. E trabalho de forma que facilito e auxilio a conscientização nos sistemas. Sistemas esses, em que nós, de alguma forma nos relacionamos, quer seja de forma ativa ou passiva. Sou Conscientizadora Sistêmica. Escritora há dois anos com três co-autorias: "LEGADO - O VALOR DE UMA VIDA vol 3", "SEMENTES DE PAZ", "O PODER DA VOZ FEMININA NA LITERATURA". Também escrevi meu próprio livro que estará disponível no inicio do ano de 2025. Também atuo como Consteladora Familiar, Palestrante Internacional, Hipnoterapeuta clinica, Coach sistêmica, Título renomado como terapeuta internacional pela ABRATH (Associação Brasileira de Terapeutas). Sou graduada em Gestão Comercial e efetuei várias mentorias e cursos que me ajudaram nessa linda jornada.
APRENDENDO A SER VERDADEIRA
Mahatma Gandhi já afirmava: “Um ‘não’ pronunciado com convicção é superior e mais relevante do que um ‘sim’ pronunciado apenas para agradar, ou, ainda pior, para evitar problemas.” Dizer “não” é uma libertação. Tenho certeza de que você já ouviu essa expressão diversas vezes.
Desde a infância, somos instruídos a tratar os outros com gentileza e respeito, e isso não está errado. O problema surge quando, ao cultivar essa “gentileza inconsciente”, você tenta dizer “não” em determinados momentos, mas acaba se sentindo compelido a voltar atrás e dizer “sim” a algo que preferiria ter negado.
Muitas pessoas se apegam ao fato de que dizer “não” pode gerar desconforto, mas aprender a estabelecer limites é fundamental e imprescindível. Trata-se de optar por aquilo que realmente o satisfaz em cada situação específica.
Reflita: o que o motiva a interagir com alguém? É o fato de você ser gentil e dizer “sim” apenas para evitar que as pessoas se desiludam ou se afastem do relacionamento que mantêm com você?
AUTORA MIGUELA RABELO
MIGUELA RABELO escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
CARTA PARA 2024
Obrigada, 2024, mesmo por tudo que passei e pelos dias a fio nublados, ora tempestivos, que me remetem àquele choro preso na garganta por meses — amordaçado — e que, de repente, sem mais nem menos, por apenas uma gota a mais em um copo já cheio, deságua... como uma tempestade de um choro incessante que não cessa...
E assim, como em um fechamento de ciclos, a vida vem acertando as contas com todos, passando a régua nas notas mal explicadas, nas contas ainda não pagas de um ano que — pelo amor de Deus — pareceu mais uma montanha-russa em tempo integral, de tantos altos e baixos que nem sei expressar ou digerir quantas lições recebemos ou o que realmente entendemos e aprendemos...
Na passagem do ano passado, passei sozinha dançando a noite toda, vestida com um lindo vestido rodado rosa-choque, mentalizando um ano festivo, na expectativa de encontrar meu grande amor.
E como posso dizer que não foi um ano feliz, se estive rodeada de pessoas queridas — seja no trabalho, que tornava o peso da jornada mais leve, seja na vida pessoal, com amigas, amigos e familiares que ressignificaram momentos importantes na minha caminhada, sempre com um ombro amigo e uma escuta resiliente?
E entre idas e vindas com meu ex... neste ano, tivemos de entender que, sim, precisamos ter paciência e compreensão. Precisamos de trégua e harmonia, para lidarmos melhor com nossa missão em cuidar do bem mais precioso: nosso filho, que foi, sem dúvida, o maior presente que recebemos nesta jornada. E se ele veio dessa união, foi para selar esse elo entre nós... tudo tem um porquê. Creio que isso não seja apenas desta existência. Porém, precisamos aprender a lidar com fechamentos de ciclos e com os aprendizados que toda essa trajetória tem a nos ensinar.
Apesar de tudo que passamos — as diferenças, os espinhos e farpas acumulados ao longo dessa história que, em outros tempos, foi também um conto de fadas, pois houve flores, primaveras e mares ora serenos, ora agitados — aprendemos todos os dias a ser melhores do que nossa versão passada, crescendo e amadurecendo. Filho é exatamente isso: aprendizado, amadurecimento, lição e bênção ao mesmo tempo. E, por isso, sou muito grata a ele, por cuidar tão bem do nosso filho na minha ausência, em especial quando estive ausente... quase de passagem para outro plano.
Mas, felizmente — e graças a Deus — essa não era minha hora, e somente Ele sabe o motivo. Desconfio que ainda preciso alcançar meu propósito, além da minha evolução por aqui, pois tenho a clara certeza de que essa jornada é exatamente para isso: evolução.
Quando estava acamada, imersa em minha vulnerabilidade e pequenez, percebi o quanto somos insignificantes diante de toda a imensidão do universo, quão dependentes somos e como nossos medos podem nos paralisar. Reconhecer isso nos faz valorizar cada pessoa que cruza nosso caminho, sendo gratos a todos — até àqueles que nos machucam, porque eles também nos ensinam.
Quando estava lá, amedrontada, com medo de não resistir, supliquei a Deus por mais uma chance... De ser melhor, de fazer diferente. Por isso, sinto que a virada de chave ocorreu naquela noite do dia 7 para 8 de outubro, quando renasci e percebi que não tenho controle de absolutamente nada, e que as coisas não acontecem no nosso tempo ou do jeito que idealizamos. Podemos ter inúmeros planos, mas a decisão final sempre será dEle.
Após esse retorno, muitas coisas mudaram... além de perdas. Perdas de massa muscular, porque pensei que não mais conseguiria andar; a perda de alguém muito querido e especial, que fez parte da minha vida e da minha história, e cujo luto ainda não encarei ou vivenciei por completo. Também houve a reação do meu filho, que, a princípio, me rejeitou, sem entender por que eu o “abandonei” por tanto tempo — o maior período sem nos vermos. Tive de reconquistar seu afeto. Felizmente, reatamos nossos laços e, quando retornamos para casa, acredito que nunca o vi tão feliz, de volta ao nosso pequeno e aconchegante ninho.
Este ano, iniciei mudando de moradia, depois de quase nove anos no mesmo lugar. Encarar isso sempre foi muito difícil para mim... mudanças, enfrentar o novo, sair da zona de conforto (ou de desconforto). E assim termino o ano, mudando mais uma vez... mas agora de local de trabalho. Confesso que está sendo um verdadeiro parto deixar pessoas queridas e o que construí para começar absolutamente do zero em um ambiente diferente. Porém, a vida tem me mostrado que, para florescer, também é preciso podar, mudar de clima, trocar de solo ou vasos. Então, com coragem, levanto a cabeça e seco as lágrimas, carregando todos os amigos queridos, alunos e afetos construídos no coração, abrindo os braços para iniciar esse novo ciclo de peito aberto às mudanças e novidades que a vida me presenteia, em uma nova oportunidade de recomeço.
E quanto ao amor... Ah, lembram daquele vestido rosa-choque rodopiando? Não é que ele realmente atraiu o grande amor da minha vida: meu amor-próprio, que há anos aguardava. Assim, aprendi a apreciar de forma generosa e amorosa minha própria companhia — imersa ora em minha solitude para tecer momentos especiais e dates memoráveis comigo mesma, ora rodeada por amizades atemporais que, mesmo que o tempo (ou a falta dele) tente distanciar, nós resolvemos amarrá-lo com um nó e resgatar o que, ilusoriamente, parecia perdido. Dessa forma, honramos todos os afetos construídos ao longo desta belíssima dança, nesse palco chamado vida, em que somos todos convidados a dançar e atuar.
Que seja bem-vindo esse novo ano de 2025, com muita saúde, amor, paz, paciência, sabedoria, respeito e tolerância — e ainda com uma poesia de pouco mais de vinte anos atrás, que permanece atemporal, como um bom vinho.
PRECIOSAS
A separação
Traz a dor do abandono
E o distanciamento
De nossos laços.
As folhas que nasceram
Em meus galhos
Serão eternas,
Apesar de já estarem no chão
Do meu coração.
Me dói sentir
Que a distância
Provoca profundos arranhões
Em nossa união,
Afastando meus galhos
De tuas folhas.
Mas a esperança
De que ela não nos separe
É maior do que o medo de perder
Estas pequeninas e preciosas flores
Que cultivamos durante a primavera.
Feliz 2025 a todos nós!
AUTORA LUCÉLIA SANTOS
LUCÉLIA SANTOS, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e minicontos infantis.
MEMÓRIAS
Existem lembranças que chegam voando como borboletas. Elas pousam em meu jardim e fazem uma visita em meu coração.
E como se fosse um filme, mostram lugares afetivos, pessoas amadas, uma música inesquecível, familiares, estradas, brincadeiras que arrancavam sorrisos...
Elas falam de saudade!
São lembranças de um tempo dourado.
Sem essas memórias não seríamos os mesmos. Assim construímos uma colcha de retalhos, juntando cada pedaço de tecido cheio de significado.
Minhas lágrimas regam o meu jardim, ali crescem flores com a minha essência, tudo que fui, o que vivi e senti, perfumando os arredores e ensinando que somos feitos assim, de memórias, de mim e de ti.
AUTORA MARINALVA ALMADA
Marinalva Almada é diplomada em Letras Português/Literatura e com uma pós-graduação em Alfabetização e Letramento pelo CESC/UEMA, encontrei no ensino a oportunidade de semear conhecimento e despertar amor pelas palavras. Sou professora nas redes públicas municipal e estadual. Tenho como missão transformar vidas através da educação e da leitura literária. Deleito-me com a boa música, a poesia, a natureza, os livros e as flores, elementos que refletem em mim uma personalidade multifacetada. Escrevo regularmente no Recanto das Letras, participo com frequência de concursos literários, antologias e feiras literárias. Em 2023 realizei o sonho de publicar pela Valleti Books, o livro Versificando a vida, juntamente com as amigas Cláudia Lima e Zélia Oliveira.
FOTOGRAFIAS/RETRATOS
Lembranças no álbum de família.
Retratos emoldurados pendurados na parede.
Fotos reveladas.
Fotos postadas.
Fotos selecionadas.
Fotos da lua prateada.
Fotos do pôr do sol encantado.
Fotos do Natal Iluminado.
Fotos de transeuntes que vão e vêm, na agitação das compras de Natal.
Fotos planejadas e ensaiadas.
Fotos... Fotos... e mais fotos todos os dias revelando a dor, a alegria, o encanto e o milagre de viver.
AUTORA ALESSANDRA VALLE
ALESSANDRA VALLE é escritora para infância e teve seu primeiro livro publicado em 2021 - A MENINA BEL E O GATO GRATO - o qual teve mais de 200 downloads e 400 livros físicos distribuídos pelo Brasil. Com foco no autoconhecimento, a escritora busca em suas histórias a identificação dos personagens com os leitores e os leva a refletir sobre suas condutas visando o despertar de virtudes na consciência.
O QUE DESEJAR
O início de um novo ano nos dá a chance de refletir sobre o que realmente importa. Mais do que desejar apenas coisas materiais, devemos buscar valores que enriqueçam nossa vida e a dos outros. Saúde, paz, amor, respeito e gratidão são essenciais para uma vida plena.
Desejar um ano novo melhor é também desejar ser uma pessoa melhor, cultivando bondade, paciência e empatia. Assim, transformamos não só o nosso ano, mas também o mundo ao nosso redor. O que você escolher desejar e praticar pode ser o começo de grandes mudanças.
Por isso, ao invés de focarmos apenas em metas externas, como conquistas financeiras ou profissionais, podemos dedicar um tempo para pensar no que nos faz verdadeiramente felizes e realizados. Talvez seja passar mais tempo com as pessoas que amamos, cuidar do nosso bem-estar físico e mental, ou até mesmo ajudar quem precisa.
O ano novo é como uma página em branco, pronta para ser escrita com escolhas conscientes e significativas. Se desejarmos o bem não só para nós, mas também para os outros, criamos um ciclo positivo que pode inspirar mais felicidade e união. Que nossos desejos para o ano novo sejam guiados pelo coração, repletos de intenções verdadeiras e atitudes que iluminem nossa jornada e a de todos ao nosso redor.
Fechamos com chave de ouro.
Encantada com os textos e agradecida ao nosso editor, Luiz Primati, por sua preciosa presença e orientações literárias.
Feliz 2025 para todos com bonitos meses, dias e semanas! 😍😊🥂💗
Quantas reflexões e poesias nos são entregues todos os domingos. Cada escrita nos direciona a um momento, a uma nova direção. Lindos textos, lindas poesias.
Uma Jornada Pelos Sentimentos e Reflexões dos Autores
Em "Feliz Ano Literário" narro o incrível ano literário que tive. Minha reflexão sobre o poder transformador da escrita é um convite para que apreciemos não apenas as histórias que lemos, mas também as vidas que elas tocam. Eu relembro que cada autor é uma bússola em busca do íntimo humano, e cada narrativa carrega um fragmento da alma do criador.
Stella Gaspar, com seu texto "E o 'Natal' Continua!", celebra a magia e os valores universais desta época do ano. A poetisa reforça que o Natal vai além de festas e presentes: é sobre semear amor e esperança, renovando nossas energias e enchendo nossos corações de gratidão. Sua prosa poética sobre…