top of page
Foto do escritorLuiz Primati

REFLEXÕES Nº 49 — 04/12/2022

Leia, reflita, comente!

 

AUTORA JOANA PEREIRA


O meu nome é Joana Pereira e sou autora no blog "Tem juízo, Joana!". Nasci em Lisboa e segundo as estrelas, sou Leão - ascendente Touro. A minha identidade atravessa cores, ritmos, dança, música e palavras. Gosto de ler e de escrever, acreditando ser na escrita que me torno mais consciente. Numa voz firme e rebelde escrevo entre o certo e o errado, da pequenez à plenitude, entre a moralidade e a indecência. Se tenho juízo? Prefiro perdê-lo…
 

A RODA DA VIDA


A roda da vida que rola, rolando uma conjeturada esfera sem vértices. Curva, como o tempo que não para. Redonda, como o abundante que a vida é.


A roda que vive na vida, como tudo o que rola ou que se enrola, pelos cenários impostos ou os campos onde é suposto rolar, uma simbiose equidistante entre vários pontos por ela formados.


Um círculo separado em partes, pelas partes que constroem o círculo, escalando a atenção e prioridades, assinalam-se os pontos e sublinham-se as dúvidas.


Foi traçado o panorama integral.


Neste momento da vida, a roda deixou de ser roda, mas rola na perpetuidade de si própria. Um rabisco de vértices com embaraço para rolar. Em partes perdeu o diâmetro, noutras ganhou distância, contudo a consistência permanece, como a gravidade que nos aprisiona ao solo.


Matuto nesta roda tosca que deixou de rolar assim que lhe escangalhei os pontos. É difícil ser-se equilibrado, sem desigualar as distâncias.


Aqui, ao invés de se atraírem, os opostos resolvem-se. Numa relação de interajuda, frente a frente, são o meio para atingir um fim. A boia de salvação um do outro.


Trabalhoso girar rodas em campos que quero estacionar… Então, desenrolo-me com este hieróglifo, porque sei o que devo privilegiar, esfera ou disforme, estes são os meus atuais contornos. E mesmo se parecer absurdo fazer rolar esta vida desmedida, tenciono continuar a empurrar, pois rolando ou deslizando, com certeza deixarei sempre rasto.


 

AUTOR LUIZ PRIMATI


Luiz Primati é escritor de vários gêneros literários, no entanto, seu primeiro livro foi infantil: "REVOLUÇÃO NA MATA", publicado pela Amazon/2018. Depois escreveu romances, crônicas e contos. Hoje é editor na Valleti Books e retorna para o tema da infância com histórias para crianças de 3 a 6 anos e assim as mães terão novas histórias para ler para seus filhos.
 

FOME


Muitos relatos da mídia sobre a fome no Brasil. As TVs falam de 18 milhões de pessoas que passam fome. Será?


Estamos acostumados a aceitarmos tudo que a mídia nos fala e isso é uma falha de nossa parte. Penso que todos devemos desconfiar quando os números são exagerados e não custa nada fazermos uma pesquisa.


Fazendo uma rápida pesquisa no Google, achei um site que fala que 125 milhões de pessoas vivem em "Insegurança Alimentar". O que significa isso? Mais um termo novo para problemas conhecidos. Isso significa mais da metade da população. Esse mesmo site diz que 33milhões não comem o necessário para sua sub-existência.


Eu, como escritor, me recuso a acreditar sem raciocinar. Pensem comigo... Se esse número é real, uma em cada seis pessoas estaria incluída nessa estatística. Se eu comparar apenas as pessoas que moram em meu condomínio, que gira em torno de 500 pessoas, quase 100 delas deveriam passar por essa necessidade. Até onde sei, isso não ocorre por aqui e não moro em condomínio de luxo. É um condomínio de pessoas simples e trabalhadoras.


Enfim, contestem! Somos seres inteligentes e não podemos deixar que nos influenciem com essas mentiras.


Ainda dentro do mesmo assunto, no entanto, mudando a visão, um filme que expressa bem esse cenário de desperdício de alimento é o filme "O Poço", que vi em 2020 na Netflix.


Um filme forte. Se não tiver estômago, não assista. O filme mostra uma espécie de prisão onde 2 pessoas ficam em cada andar, como se fosse um fosso. No andar zero uma equipe prepara um banquete que vai descendo e parando de andar em andar. A cada andar que a plataforma para, as pessoas comem tudo que podem, desperdiçando alimentos.


Se alguém guarda um alimento para comer depois, os 2 ocupantes do andar são punidos. O andar debaixo sempre tem menos comida que o andar anterior. Para ajudar a piorar o quadro, as pessoas que já comeram, cospem na comida, urinam e até defecam.


Os que estão mais baixos sempre tem menos comida, com qualidade duvidosa e as chances de sobrevivência são reduzidas. A cada 30 dias as pessoas acordam em andares diferentes.


Podem ser acima do andar que estavam ou abaixo.


Um filme macabro que chegou a me causar náuseas por diversas vezes. Se você é do tipo curioso, com estômago forte, assista. A mensagem que recebi foi que as classes mais altas, desperdiçam alimentos, deixando que as classes mais baixas sobrevivam com restos, ou seja, lixo.


Não podemos acumular alimentos, estocando em nossas casas. Isso prejudica o resto da população. Tire suas próprias conclusões.


 

AUTORA MIGUELA RABELO


Miguela Rabelo escritora de crônicas, contos e poemas, com seu primeiro livro solo de poemas: "Estações". Também é mãe atípica e professora da Educação Especial no município de Uberlândia-mg.
 

GERAÇÃO CASULO VIOLADO


No meio da noite, dois disparos são ouvidos em um condomínio na região metropolitana de Uberlândia. Porém, os moradores não sabiam de onde vinham os disparos diante ao silêncio que se sucedeu na noite que findava aquele sombrio mês de novembro.


No dia seguinte, ninguém nada sabia, até a porta do apartamento do tenente ser arrombada pelos seus colegas de trabalho que estavam preocupados com seu sumiço. Então no recinto estavam a resposta amarga e reveladora do ocorrido na noite anterior.


O policial e sua namorada foram baleados, cada um com um tiro em cômodos distintos. Ele, um tenente da Polícia Militar e professor universitário, ela uma bela jovem que muito não foi divulgado, nem seus nomes foram expostos, entrando para a suposição de um crime passional e se perdendo a identidade, se tornando assim, mais um crime na estatística criminal de um homicídio passional que lamentavelmente ocorre de maneira recorrente com o agravante de fácil acesso da arma de fogo, a metros de distância ou mesma, presa a cintura.


Casos assim, devido à recorrência e falta de rigor na punição, se tornam banais, deixando um rastro de tolerância em meio a sociedade e corporação como algo já noticiado cotidianamente na TV e que devido justamente a está recorrência se naturaliza, se tornando normal e deixando assim de chocar a sociedade.


E a raiz deste desastre em cadeia está muito arraigado desde a mais tenra infância, a cultura machista, pregada dentro de uma educação onde a mulher, além de estar a serviço do homem, também é naturalmente sua propriedade privada. Sem espaço para diretos, desistências, desejos e muito menos divórcio.


Mas, para além desta cultura, também temos outro fator decisivo e nocivo à qualquer sujeito de boa-fé (até que prove o oposto) as quais são o abortar das frustrações em detrimento a minimizar sofrimentos momentâneos ou crises psicológicas futuras.


Quando evitamos um sofrimento diante uma frustração, esse não cumpre de fato a sua função, preparar o indivíduo para o enfrentamento dos nãos que a vida nos empurra "goela abaixo", sem nos oferecer outras opções ou até mesmo um ombro amigo.


Então, quando cedemos diante a birra ou ao choro na infância, impedimos que está criança aprenda a lidar e superar com aquela dor momentaneamente necessária. Como acontece quando rasgamos o casulo da borboleta para ajudá-la a se libertar e assim começar a voar.


Porém, essa situação castra a possibilidade de maturação no tempo ideal das asas da borboleta e também impede que ela ao quebrar o casulo consiga fortalecer o par de asas para assim ter força suficiente para voar. Porém, isso é o que não ocorre quando o casulo é violado por um estrangeiro. O mesmo acontece com a criança que passa sua infância sendo poupada das frustrações naturais que a vida nos proporciona.


Quando crescemos o mundo não nos poupa dos sofrimentos. Entretanto, quando não se sabe lidar com eles, a dor por uma perda material ou emocional dilacera aquele indivíduo o colocando em duas posições: ele será a vítima da sociedade que o oprime ou o ditador que não aceita o não alheio e se veste com o personagem do coringa a defender seus próprios interesses a qualquer custo.


Sempre fui frustrada desde a infância e nem por isso a dor sentimental deixou de doer. No entanto, saber lidar com a frustração não te confere super poderes, mas te prepara melhor para as chuvas de granizo que a natureza ocasionalmente presenteia, nos ensinando a nadar e a também nos recuperarmos das inevitáveis pneumonias que estamos suscetíveis a pegar enquanto estivermos dispostos a enfrentar as tempestades que a vida nos colocam sempre a prova.


 

AUTORA LUCÉLIA SANTOS


Lucélia Santos, natural de Itabuna-Bahia, escritora, poetisa, cronista e contista e antologista. Escreve desde os 13 anos. É autora do livro "O Amor vai te abraçar" e coautora em diversas coletâneas poéticas. Seu ponto forte na escrita é falar de amor e escreve poemas e mini contos infantis.
 

NÃO VAMOS DESISTIR


Nós já remamos até aqui, foi uma longa viagem, cheia de obstáculos, noites frias, tempestades, risco de morte, sede... o barco quase afundou.


E onde estamos? Estamos aqui, estamos vivos! Porque não desistimos. Estamos mais fortes, porque aprendemos a usar as provações para subir, ao invés de regredir. Somos fortes! Lutadores! Vencedores!


Nesta longa viajem, nesta corrida pela vida, chegamos até aqui.


O nosso maior inimigo, são os nossos pensamentos negativos, são as barreiras que criamos na nossa mente, o muro que criamos na frente dos nossos sonhos, e de tanto nos permitir pensar assim, acabamos acreditando, e isso pode nos paralisar, nos impedir de realizar grandes coisas.


Precisamos vencer cada batalha em nossa vida, dando uma resposta positiva para cada pensamento negativo que tivermos. Se não conseguimos algo ainda, vamos tentar até conseguir.


Conseguimos fazer muitas coisas pelos outros, mas, e por nós? Onde fica o nosso amor-próprio? O nosso valor?


As tempestades não duram para sempre, elas passam, e continuamos remando. E todo mundo passa por dores ao batalhar, se não fizermos por nós, ninguém fará.


Temos um poder dentro de nós, mais forte do que imaginamos.


Não desistamos dos nossos sonhos, do que nos deixará felizes e completos. Somos vencedores, sobreviventes de uma pandemia.


Somos gratos! Sejamos gratos!


Vamos levantar todos os dias e repetir que somos capazes, que somos vencedores, que vamos co seguir, repita todos os dias tudo o que gostaria de ouvir sobre você, porque quem precisa acreditar na nossa essência primeiro somos nós.


Todos os dias passamos por dores físicas ou emocionais, mas, aguentaremos firmes, pois vamos virar essa página sempre, sem procrastinar, sem desistir.


E quando aparecer um muro na nossa frente, vamos tirar tijolo por tijolo, com nossas próprias mãos.


 

AUTORA ARLÉTE CREZZO


ARLÉTE CREAZZO (1965), nasceu e cresceu em Jundiaí, interior de São Paulo, onde reside até hoje. Formou-se no antigo Magistério, tornando-se professora primária. Sempre participou de eventos ligados à arte. Na década de 80 fez parte do grupo TER – Teatro Estudantil Rosa, por 5 anos. Também na década de 80, participou do coral Som e Arte por 4 anos. Sempre gostou de escrever, limitando-se às redações escolares na época estudantil. No professorado, costumava escrever os textos de quase todos, para o jornal da escola. Divide seu tempo entre ser mãe, esposa, avó, a empresa de móveis onde trabalha com o marido, o curso de teatro da Práxis - Religarte, e a paixão pela escrita. Gosta de escrever poemas também, mas crônicas têm sido sua atividade principal, onde são publicadas todo domingo, no grupo “Você é o que Escreve”. Escrever sempre foi um hobby, mas tem o sonho de publicar um livro, adulto ou infantil.

 

CRIANÇA É TUDO DE BOM


Sempre ouvi dizer que não se deve confiar em alguém que não goste de animais ou crianças. E deve ser verdade.


Não sei se porque amo essas duas “categorias” de seres vivos, mas acredito que quem não consegue amar um dos dois, algum problema tem.


Estou com uma neta de cinco anos, que me faz lembrar muito de meus filhos e sobrinhos quando pequenos.


O sorriso fácil, a esperteza no pensamento para se livrar de situações complicadas, o jeitinho doce de pedir algo quando sabe que não, seria uma resposta bem provável.


Vendo minha neta, passei a relembrar momentos vividos com as crianças crescidas da família.


Meu afilhado, Lucas, desenhou certa vez a família inteira, mas o que mais chamou a atenção de todos, foi o fato dele não ter esquecido que o cabelo da madrinha estava curto e vermelho. Eu havia acabado de cortar e tingir, e foi o detalhe que ele mais marcou em seu desenho.


Meu sobrinho mais velho, Flávio, o qual me tornou tia, chegou aos dois anos e meio perto de mim e disse – tia “Alerte”. Não resisti, logo virei e respondi:


— Pede qualquer coisa que a tia faz.


Marcelinho, o caçula, não há como não me lembrar dele, que ao brincar de esconde-esconde, foi parar embaixo de um pano, jogado por meu marido. O fato mais interessante é que o menino mal respirava para que ninguém o visse ali.


Gabriel, em uma reforma na sua casa, ouvia sua mãe toda hora falar com o pedreiro; seu Nelson isso, seu Nelson aquilo. Em dado momento a mãe lhe pede para chamar o pedreiro para almoçar. Gabriel, sempre muito gentil, foi rapidamente:


— Meu Nelson, o almoço está pronto. Acho que tinha uns três ou quatro aninhos, e deve ter achado que sua mãe havia lhe dado Nelson.


Minha filha, ao passarmos por uma faculdade em minha cidade (acredito que ela tivesse uns nove anos) indagou se a faculdade era de direito. Eu respondi haverem vários cursos, mas não sabia informar ao certo se direito era um deles.


Ela rapidamente me perguntou:


— Mas qualquer pessoa pode estudar aí?


Respondi que sim, então ela rapidamente resolveu a questão:


— Então, mamãe, é uma faculdade dos direitos humanos.


E com isso descobrimos que todas as faculdades são de direito.


Há uma coisa que minha neta faz com que me lembre muito de seu pai, e não poderia ser diferente.


Aos cinco anos ela já não quer mais ir à escola porque não aprende nada, só brinca.


Seu pai já queria aprender “letrinhas” aos três anos, e a pior coisa para ele na escola, era pintar desenho.


Aos seis anos discutiu com a professora da pré-escola na hora em que ela entregava mais um desenho para ser pintado.


Ele disse que não pintaria. Ela como professora pediu que ele fizesse a lição já que todos na sala fariam o mesmo.


Então ele simplesmente a questionou:


— Se a senhora me disser para que isso será útil em minha vida, eu pinto.


Conclusão, ele não pintou o desenho, mas fui chamada à diretoria.


A situação foi contornada para o bem de todos.


Criança é pura fantasia. E como seus pensamentos ainda são leves, têm uma capacidade infinita de observar o que não observamos.


Sobre briga, recebi uma das melhores lições de meu filho aos cinco anos. Brincando com um amiguinho, acabaram brigando e o amigo lhe bateu. Ele voltou para casa bem chateado. Eu como mãe magoada por ver seu filho triste, e sem psicologia alguma já aconselhei:


— Da próxima vez bate também para ele ver que não é bom.


Ele naquela calma que lhe é peculiar, e que muitas vezes me tira do sério, respondeu:


— Mas ele é meu amigo, seu eu bater de volta, ele vai querer bater de novo, dai a gente só vai ficar brigando sem ter tempo para brincar.


Às vezes não queremos perder tempo com as crianças, não permitindo que elas tenham sua autonomia.


Ontem mesmo comecei a fazer uma coisa para minha neta e ela me olhou bem nos olhos e disse:


— Vovó posso tentar fazer e se eu não conseguir você faz para mim?


Se prestarmos atenção ao que as crianças dizem, teremos sábios conselhos, com soluções bem simples aos nossos problemas.


Entramos no mês em que a criança que mudou o mundo nasceu. Uma criança que nos ensinou o que é o verdadeiro amor.


Que consigamos ouvir sempre nossas crianças e permitamos que elas nos abram os olhos e nos elevem a alma.


 

AUTORA ROBERTA PEREIRA


Roberta M F Pereira nasceu em 1986 e cresceu na cidade de Brumado, interior da Bahia. É Historiadora, Tradutora, Intérprete de Libras, Professora e Poetisa. Desde bem jovem já demonstrava seu amor e dedicação a escrita, especialmente poesias. Tem suas poesias publicadas em diversas coletâneas e no site Recanto das Letras com o pseudônimo, Betina. É autora do livro “Verdades de um Coração Ferido”.

 

PORQUE VIVER É PRECISO


Você tem conseguido viver ao máximo? Se a resposta for não, você precisa saber que está apenas sobrevivendo!


Mas você não é o único! Bilhões de pessoas no mundo inteiro, lutam todos os dias para sobreviver a esse sistema falho, que insiste em dizer que vai nos ajudar.


O sistema organizacional em que vivemos, foi projetado para nos fazer falhar, isso mesmo, eles querem nos ver falhar todos os dias!


Por isso é tão importante você reconhecer que este sistema falhou com você e que não há Salvador, a não ser que você comece a viver e sair dessa programação que foi feita para você falhar!


E aí, está pronta para sair do sistema?!


Este sistema não é um tipo de governo, ou uma pessoa, mas é a forma em que nosso mundo está conectado, fazendo todos caírem como se fossem uma peça de dominó, que ao cair, sai derrubando todas as outras peças e se ninguém sair do caminho, este ciclo não vai parar, até que todos caiam!


Então, viva! Saia do ciclo que está fazendo você falhar, porque viver é preciso!


 

12 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


bottom of page